A CRISE econômica e o desemprego estão sendo os vilões de um ano dedicado à reconstrução da cidade em sua infraestrutura destruída pela chuva de janeiro. Além de conviver com a perda de vidas, a cidade sofre as consequências do despreparo das autoridades para atenderem à população em casos de catástrofes. A burocracia torna a recuperação lenta e até mesmo desesperançosa.
TANTO empresas quanto trabalhadores sofrem ainda, passado quase 1 ano, as sequelas das dificuldades. Os prometidos empréstimos do BNDES saem gota a gota, sem colaborar com a premência do empresariado em obter empréstimos para compensar as perdas. Por conta da lentidão, muitas empresas não suportaram a espera e decidiram fechar suas portas. Outras, em busca de algum estímulo, transferem-se para cidades que oferecem incentivos para a instalação de indústrias. O cenário é sombrio.
POR conta da retração, conforme noticiado na edição do fim de semana de AVS, além da forte concorrência de outros centros, o setor do vestuário amargou neste mês de novembro cerca de 500 demissões, ferindo ainda mais a família friburguense já bastante sofrida pelos acontecimentos. O drama pode perdurar, caso não existam ações emergenciais que salvem tanto as empresas quanto os empregados.
O DESEMPREGO está aumentando consideravelmente o fluxo de friburguenses que embarcam em direção a municípios fluminenses mais atraentes, como Macaé, Rio das Ostras, Quissamã, Carapebus e Campos. Nestas cidades, a implantação de empresas do setor químico e naval, somado aos royalties, embora estes corram sério risco de retração, ajudam a fazer o progresso e gerar empregos.
MASCARAR a realidade com frases de efeito ou com propaganda enganosa não nos afasta da grave questão social decorrente das dificuldades econômicas. O município, embora com uma ampla versatilidade na economia, amarga uma estagnação preocupante que deveria ser permanentemente discutida pela sociedade organizada. O tempo é de se preocupar com os caminhos a seguir.
TAMBÉM se torna necessário traçar alternativas de crescimento acompanhado da sustentabilidade ambiental, oferecendo à comunidade uma qualidade de vida compatível com a grandeza de sua terra. Nova Friburgo possui todos os pré-requisitos para o seu crescimento econômico, porém ainda está longe de resolver os seus principais problemas. É necessária uma atuação mais efetiva do poder público, associado à iniciativa privada, que destaque o progresso como principal meta.
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