Em recente matéria feita no Vale dos Pinheiros, a equipe de reportagem do jornal constatou que alguns jardins e terrenos do bairro são muito utilizados pelos praticantes de religiões de matrizes africanas para colocação de despachos e trabalhos. Logo no início da Alameda Princesa Izabel, flagramos restos de uma oferenda contendo uma garrafa de cachaça e uma vasilha de barro. Em outro ponto do bairro, na Alameda Visconde de Ouro Preto, uma oferenda com charutos, farinha e maçãs atraía muitas formigas e moscas.
A prática é antiga e também ocorre em outros bairros da cidade, principalmente os que possuem grandes áreas verdes, riachos e cachoeiras. Além de poluir o meio ambiente, a colocação de oferendas ao ar livre também traz riscos à saúde pública e pode facilitar a ocorrência de queimadas.
Vale destacar que o problema tem sido alvo de queixas da comunidade, conforme algumas queixas enviadas à redação. É bom deixar claro que não se trata de intolerância religiosa ou discriminação, mas de respeito à natureza e ao patrimônio público. Alguns leitores sugerem, inclusive, que sejam colocadas placas nas áreas mais afetadas, para coibir a prática.
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