HÁ APENAS alguns dias à frente da chefia do Executivo local, o prefeito interino Sérgio Xavier enfrenta a dura realidade dos gestores municipais brasileiros. Há muito que fazer, porém, as ações não estão acontecendo com a velocidade que se prevê.
A SAÚDE e a educação, pilares da administração pública, mostram sinais evidentes de que o sonho não será realidade, pelo menos por um bom tempo. Para uma cidade que tem pressa de se desenvolver e se reconstruir, as medidas até agora tomadas são tímidas e não atendem às necessidades da população. Tanto o Hospital Raul Sertã quanto as escolas da rede municipal são exemplos de dificuldades estruturais que não serão corrigidas ou implantadas com a velocidade estimada pelo governo e ansiada pela população.
O HOSPITAL sofre a doença da falta de dinheiro e da inanição política de fazer da saúde um dos orgulhos friburguenses. Desde que assumiu o mandato, o objetivo de Serginho é desatar o nó que trava a eficiência naquela instituição. Baixos salários, desmotivação, falta de equipamentos e remédios e a ausência de um corpo clínico completo fazem do HRS um ponto de interrogação para todos. Será que a saúde friburguense melhorará?
A REDE de ensino é outro desafio dos governantes. Embora a Prefeitura informe que o número de dias letivos não ficará aquém da lei, a realidade, com a prorrogação do período de férias escolares devido à tragédia de janeiro, cria um novo problema para o friburguense.
O ATRASO se reflete no cotidiano, com inúmeros entraves no seio da família, a começar pela reestruturação dos lares com os filhos em casa, alimentação e, o que é mais importante, a sensação de que os jovens não se desenvolverão em igualdade com os alunos da rede privada.
CIDADE com tantos adjetivos—“capital da moda íntima”, “Suíça brasileira”, “paraíso de capitalistas” e ainda “cidade de alma verde”—, Nova Friburgo tem muito para reconstruir até atingir a sonhada civilidade. A autoestima desejada por todos nós está em baixa e os desafios serão enormes, se quisermos que o município volte a orgulhar todos os seus filhos, com uma desejada qualidade de vida. Por enquanto, infelizmente, o governo ainda não tem muito a oferecer. E o friburguense não tem o que comemorar.
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