Comemorando os 10 anos de inauguração da Usina Cultural, a Energisa e a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho realizarão a partir do dia 17 de novembro a exposição “100 anos de Luz e Industrialização em Nova Friburgo”, para contar a história da chegada da energia elétrica e o surgimento das principais indústrias no município.
Entre os dias 17 e 19, o espaço, localizado na Praça Getúlio Vargas 55, reviverá o dia 9 de junho de 2001, quando foi inaugurado. Nesses últimos dez anos, o local tem sido palco de inúmeras atividades, entre cursos e oficinas, que colaboram para instrumentalizar o artista local em sua área de atuação, com programação ininterrupta, considerada, pelo público, de altíssima qualidade e referência em Nova Friburgo.
Confira a programação:
5ª feira, 17
19h—Abertura da exposição com a participação dos alunos da Oficina de Teatro da Usina Cultural, sob a direção de Daniela Santi;
20h30—Show instrumental com o grupo “Rolla Jazz” na Sala Maestro Joaquim Naegele
6ª feira, 18
19h—Apresenta-se Leila Maria (voz), Rodrigo Braga (piano) e Chico Costa (saxofone): a nova MPB carioca.
Sábado, 19
16h—Apresentação do espetáculo: “Palhaçarte”, voltado ao público infanto-juvenil com Elisa Ottoni e Guilherme Bon.
17h—“A Fábula da Memória”, com Marco Andrade, uma peça teatral também voltada para o público jovem.
A direção da Usina Cultural informa que as atrações são totalmente gratuitas, porém, o público deverá retirar senhas no local uma hora antes do início dos espetáculos.
Painéis
Durante a exposição, os visitantes terão a oportunidade de conhecer um pouco da história de alguns projetos, que, na época, traziam grande desenvolvimento social e econômico para o município, dentre eles a Usina do Hans feita em 1906, localizada próxima à Mury—que foi a primeira hidrelétrica construída na cidade.
Desde junho que Henrique Frade, designer e criador da exposição, vem pesquisando para apoio à produção de 15 painéis. O resultado deve-se a conteúdos publicados: Jornal Diário Fluminense - Ed. de 29 de junho de 1911; Jornal A Voz da Serra - Ed. 1º março de 1996; Jornal da Serra - Ed. de 27 de abril de 1991 / Ed. de 22 de dezembro de 1984 / Ed. de 22 de janeiro de 1985 / Ed. de12 de abril de 1994; no livro A História em quatro tempos, de Carlos Rodolfo Fischer - Editado pela Fábrica Arp, em 1986; Relatório Anual 1998 - Sistema Cataguazes-Leopoldina; Relatório Anual 2010 do Grupo Energisa; e Site www.energisa.com.br/novafriburgo.
Nova Friburgo no início dos tempos
A chegada da energia elétrica ao município trouxe não só o progresso, mas também alguns fatos curiosos, como o dia 17 de maio de 1911, em que uma multidão se juntou para desencadear um movimento em que ficaria conhecido na história friburguense como “O dia do quebra-lampião”. Esta manifestação tomou as ruas de Nova Friburgo e todos os lampiões de querosene e a gás, utilizados na iluminação pública, foram destruídos.
Luz...
As histórias das implantações das grandes indústrias em Nova Friburgo no início do século passado e a chegada da energia elétrica são intrínsecas. Ou seja, não se pode mencionar um fato sem falar do outro. O exemplo disto foi o empresário Julius Arp, que desde 20 de junho de 1911, obteve a transferência do contrato de permissão para iluminação pública e particular da cidade concedido pela Câmara Municipal.
Já em 1923, a Empresa de Eletricidade Julius Arp & Cia planejava a construção de uma nova usina, a do Catete, que aproveitaria as quedas das águas do rio Bengalas; e, em 1936, a então Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (CENF), também da família Arp, sucedeu a Empresa de Eletricidade Julius Arp & Cia. A partir de então, o município passou a receber inúmeras melhorias no setor de eletrificação.
... e Industrialização
Em junho de 1911, chegavam à cidade os maquinários da primeira grande indústria do município: a Fábrica de Rendas Arp, também de propriedade do precursor Julius Arp. Em seguida, outras indústrias se instalaram no município, a Fábrica Ypú, fundada em 1911, e a Fábrica Vilela, em 1927.
Nos anos de 1970, Nova Friburgo registrou um aumento considerável de negócios voltados às indústrias de moda íntima. Assim, o município se transformava na “Capital da Moda Íntima”. Atualmente, o município responde por 25% da produção nacional na confecção de roupas íntimas.
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