Editorial - Trânsito mortal - 10 de novembro 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

OS PRÓXIMOS dez anos terão a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a promoção “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O trabalho a nível mundial envolve 150 países e pretende reduzir o número vertiginoso de acidentes de trânsito no planeta.

O BRASIL é exemplo desse crescimento mortal. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde semana passada, mostrando que o número de acidentes de trânsito subiu 24% nos últimos oito anos, são apenas a constatação estatística de uma tragédia que comprovamos diariamente. Para o governo, o país enfrenta “verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, e não é para menos: em 2010, foram 40 mil mortes.

ANUALMENTE o sistema público de saúde registra milhares de feridos nestes acidentes, causando uma significativa parcela do orçamento e aumentando consideravelmente o número de hospitalizações. O sistema é sem dúvida um dos mais afetados pelas consequências desse quadro de “epidemia”. A vítima do trânsito, contudo, enfrenta problemas maiores. Ferimentos e lesões na maioria das vezes interferem diretamente na estrutura familiar, seja no quesito financeiro, ou em virtude da atenção dispensada no tratamento.

SOMOS, também, o quinto país colocado no ranking de mortes no trânsito. As causas quase sempre estão ligadas a fatores humanos, como o consumo de bebida alcoólica. O que é inaceitável e revela o quanto precisamos evoluir em respeito ao próximo.

O PROBLEMA também é verificado em Nova Friburgo, onde tem sido noticiado com frequência um grande número de atropelamentos e colisões com vítimas. Apressados e sem cautela, inúmeros motoristas e mesmo pedestres são vítimas de acidentes por falta, muitas vezes, de uma maior conscientização sobre os riscos que a difícil convivência com o automóvel provoca.

O BRASIL é um dos campeões em acidentes e em vítimas do trânsito irresponsável, levando as autoridades a se preocuparem bastante com o problema. Para que a estatística não aumente ainda mais, torna-se necessário uma ampla campanha de conscientização levando os cidadãos, motoristas e pedestres, a compreender a extensão da grave situação, visando diminuir tantas mortes nas ruas e estradas.

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