Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas do Estado do Rio de Janeiro (Draco), da Promotoria de Investigação Penal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) e agentes da Corregedoria Geral Unificada da Polícia Civil promoveram ontem, 8, uma varredura em Nova Friburgo, Guapimirim, Teresópolis, Niterói, São Gonçalo, municípios da Baixada Fluminense e também no Rio de Janeiro, para cumprir pelo menos 16 mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão durante a megaoperação batizada como Faraó. Até o início da tarde de ontem, 12 acusados já haviam sido presos em Nova Friburgo e na capital fluminense. Até o fechamento desta edição quatro policiais ainda estavam foragidos. Os indiciados—nove policiais civis, seis detentos e uma funcionária terceirizada do Núcleo de Controle de Presos (Nucop)—tiveram o pedido de prisão preventiva decretada pelo juiz criminal de Nova Friburgo em exercício, Leonardo Telles.
Todos os alvos da operação Faraó são acusados de integrar uma rede de corrupção em unidades carcerárias da Polinter no Estado. O escândalo era maior na extinta carceragem da Polinter em Nova Friburgo, que funcionava anexa à antiga sede da 151ª DP, no bairro Vila Amélia, e foi desativada há cerca de um mês. Na ocasião, os mais de 130 custodiados foram transferidos para o presídio Ary Franco, no subúrbio carioca de Água Santa. Na antiga carceragem de Nova Friburgo, segundo as investigações, cobravam-se até R$ 2 mil pela permanência de presos por 15 dias retardando a transferência para presídios da região metropolitana, sem contar a aplicação, também segundo a polícia, de uma tabela de propinas que vigorava na Polinter da Vila Amélia garantindo regalias a alguns presos nos xadrezes, como uso de telefones, saídas aos fins de semana, permissão para presos frequentarem restaurantes e circularem pelas ruas, além de visitas íntimas a R$ 10 por hora e de familiares e amigos fora do horário permitido com aval dos carcereiros e também de presos de confiança, os conhecidos “faxinas”, da unidade onde os custodiados eram amontoados em celas superlotadas com infiltrações, mofo e grande incidência de doenças como escabiose (sarna).
De acordo com o promotor da Gaeco, Décio Alonso Gomes, era cobrado das famílias de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por cada transferência de presos. O esquema já vinha sendo investigado pelo Ministério Público em Nova Friburgo há pelo menos um ano, quando o então chefe da Polinter na Vila Amélia, teria se associado ao preso “faxina” da 151ª DP, Lúcio Paulo Nunes Ribeiro—atualmente em liberdade condicional e detido ontem na operação. Ele é apontado como tesoureiro da ação criminosa e numa conversa telefônica interceptada pela Justiça teria comentado que a cadeia em Nova Friburgo se assemelhava a um spa, pois ele podia frequentar bons restaurantes da cidade, substituindo as quentinhas dos presos por lombo canadense com chope.
O delegado do Nucop, Renato Soares Vieira, apontado como o cabeça da tal rede de corrupção, com prováveis tentáculos também na capital e região metropolitana, também foi preso ontem no Rio de Janeiro. Outros quatro policiais civis escalados para a unidade da Polinter na Vila Amélia, em setembro, também foram denunciados. Segundo o Ministério Público, eles sabiam de todo o esquema, mas nada fizeram para desbaratá-lo. À tarde, o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil no Estado, informou que os policiais civis Antônio Carlos de Jesus e Geraldo Gontijo Farias também foram presos, assim como o custodiado Francisco Guilherme de Azevedo, que estava em liberdade condicional.
A servidora terceirizada do Nucop, Tamiris Santiago da Silva, foi detida no fim da manhã, no Rio de Janeiro, pelos agentes da megaoperação. Ela é suspeita de repassar informações internas aos membros da quadrilha. De acordo com o Ministério Público Estadual, todos os envolvidos deverão responder criminalmente pelos crimes de formação de quadrilha, usurpação da função pública e concussão (extorsão praticada por servidor público no exercício da função). Outro suposto gerente da rede de corrupção e ex-chefe da antiga Polinter da Vila Amélia não foi localizado em sua casa, mas no imóvel foram recolhidas diversas mercadorias (móveis, calçados e utensílios domésticos), que os agentes da operação suspeitam ser produtos de roubo.
As investigações que culminaram na operação ontem foram realizadas a partir de depoimentos de testemunhas e escutas telefônicas com autorização da Justiça, com flagrantes de conversas entre os membros da quadrilha. O Ministério Público suspeita que a corrupção acontecia há pelo menos um ano na antiga carceragem de Nova Friburgo.
Sufoco no tráfico: operação conjunta da PM recolhe mais de 200 sacolés de pó no Dedé
Na incursão, uma jovem de 18 anos foi presa e outros três adolescentes de 16 anos foram conduzidos à delegacia
Uma informação anônima passada à equipe de policiais do Patamo 1, do 11ºBPM, culminou na apreensão de 204 sacolés de cocaína e na prisão em flagrante de Katiane Silva de Souza, 18 anos, no último fim de semana, durante operação de repressão ao tráfico de drogas, que contou ainda com o apoio da equipe Alfa 1 do batalhão. A denúncia dava conta de que um grupo com pelo menos quatro jovens estaria com drogas para revenda num beco da localidade, conhecido como Corrimão, na Rua B, no Alto do Floresta, o Morro do Dedé, distrito de Conselheiro Paulino. Os policiais militares rumaram para o local e se embrenharam numa trilha no mato, de onde puderam avistar a movimentação do comércio de drogas e a participação do grupo apontado na denúncia.
Ao serem surpreendidos próximo a um bar, Katiane e os adolescentes—dois rapazes e uma garota, todos de 16 anos—estavam com sacolas plásticas com drogas nas mãos. Ao todo, 204 sacolés de cocaína com a inscrição “Trem Bala”, que eram vendidos a preços variados. Os quatro foram conduzidos à 151ªDP, onde prestaram depoimentos à delegada adjunta, Mariana Magalhães Ferrão, mas o conteúdo das declarações não foi revelado. Katiane foi conduzida à carceragem feminina da Polinter, em Magé, e os adolescentes encaminhados à Promotoria da Infância e Juventude de Nova Friburgo.
A operação no Alto do Floresta foi realizada pelos PMs do Patamo 1, o sargento David e os soldados Gilber, Flaner e Maurício, e da equipe Alfa 1, o cabo Elimar e o soldado Mululo.
Revólver apreendido com
lavrador no Colonial 61
Um revólver 38, com oito cápsulas intactas (foto), foi apreendido por policiais do Patamo 1, do 11ºBPM, numa casa da localidade rural de Colonial 61, próximo a Stucky, no último domingo, 6. A arma pertencia a um lavrador, acusado por denúncia anônima de ter o costume de andar armado pela localidade e, inclusive, ameaçar vizinhos, efetuando disparos a esmo.
Ao ser abordado pelos policiais militares em casa, o lavrador confessou a posse do revólver, mesmo sem ter porte de arma, dizendo que era para se proteger de assaltantes. Ele foi conduzido à 151ª DP, onde prestou depoimento, sendo liberado após pagamento de fiança.
Caminhoneiro morre ao bater
em muro no Rui Sanglard
O motorista de um caminhão de cor e placa não informadas, Jorge Luiz Barcelos Chagas, 56 anos, morreu na segunda-feira, 7, por volta das 18h, ao chocar o veículo que conduzia num muro da Rua Adelino Alves de Amorim, no bairro Rui Sanglard, durante uma manobra. Outros três jovens que viajavam no caminhão tiveram ferimentos e foram socorridos por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e removidos para o setor de urgência do Hospital Municipal Raul Sertã, onde foram medicados, mas, de acordo com a equipe médica, não correm risco de vida.
Segundo moradores do Rui Sanglard que testemunharam o acidente, Jorge Luiz perdeu a direção do caminhão ao fazer uma manobra.
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