O PROTESTO contra a falta de propostas dos vereadores de Nova Friburgo para a reconstrução da cidade, realizado terça-feira na Câmara Municipal, é também de toda a comunidade que se apavora a cada chuva e que teme pelo pior quando os temporais de verão chegar. Até agora, o município é refém das verbas estaduais e federais, numa luta inglória contra o tempo.
HÁ NOVE meses a população da região serrana do Rio contabiliza prejuízos de toda ordem. A morte de quase mil vidas e bilhões de reais em perdas materiais ainda estão presentes na vida dos municípios afetados pela tragédia de 12 de janeiro, sem perspectiva de solução no curto prazo. Muito tempo já passou e pouca coisa foi realizada em termos de reconstrução das cidades.
NOVA FRIBURGO, a cidade mais atingida, teve o apoio da presidente Dilma Rousseff, de autoridades monetárias e de inúmeras entidades assistenciais que ofereceram ajuda financeira e material. Mas todo o empenho prometido pelas autoridades mudou pouco a paisagem do pós-tragédia. A cidade continua à espera de verbas oficiais que possam transformar os pontos afetados, cumprindo as promessas feitas sob o clamor da tragédia.
O ESTRAGO causado pelas chuvas ainda estão visíveis em todos os lugares e além de inúmeras residências seriamente afetadas, prédios públicos, como escolas, ainda esperam a liberação das autoridades para voltar à normalidade, prejudicando familiares e alunos no cumprimento de suas obrigações. O aluguel social adotado para suprir as necessidades dos desabrigados não tem cumprido plenamente as suas finalidades e muitos estão sem receber o auxílio.
O ANO está chegando ao fim e as cidades continuam à espera de ajuda organizada e séria por parte das autoridades. A colaboração, infelizmente chega aos poucos, sem que haja um cronograma definido para a reconstrução e os planos de futuro. Enquanto as obras não saem, a população aguarda soluções práticas, esperando temerosa a chegada do próximo período chuvoso. O tempo corre contra todos. E os políticos, o que farão?
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