Justiça aprova 6,8% de reajuste e greve dos Correios chega ao fim

sexta-feira, 14 de outubro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Henrique Amorim

Após 28 dias de paralisação parcial em todo o país, terminou ontem, 13, a greve dos Correios que deixou pelo menos 180 milhões de correspondências amontoadas nos centros de distribuição da empresa e espalhou muitos transtornos à população que ainda tem que recorrer a lotéricas ou a internet para impressão da segunda via de contas para pagamento. A expectativa do sindicato da categoria é que todo o serviço de entrega de correspondências e mercadorias esteja normalizado em todo o Brasil somente daqui a dois meses, já prevendo o acréscimo tradicional no movimento por conta da proximidade do Natal. Já o governo federal estima que a normalização completa da distribuição aconteça em até dez dias.

A greve teve fim após a intervenção do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que aprovou reajuste salarial de 6,87% (retroativo a agosto) para os funcionários dos Correios mais um aumento linear de R$ 80 a partir de outubro, além de outros benefícios. Os grevistas terão ainda sete dias parados descontados do próximo pagamento e terão que compensar outros 21 dias de paralisação nos fins de semana ou com prorrogação da jornada, a fim de dar conta da demanda acumulada de distribuição de correspondências. A Justiça do Trabalho decidiu também que os dias parados já descontados anteriormente não serão ressarcidos.

Em Nova Friburgo, cerca de 35 funcionários dos Correios cruzaram os braços. Já no Centro de Distribuição (CDD) na Rua Dante Laginestra, a adesão à greve foi de 60%, de acordo com funcionários. Alguns carteiros, inclusive, já haviam retornado ao trabalho desde o início da semana, mas acreditam que não conseguirão dar conta de toda a demanda acumulada de mercadorias em dez dias como estima a direção da empresa. Os funcionários dos Correios iniciaram a greve pleiteando aumento do piso para R$ 1.635.

BANCÁRIOS: Na tarde de ontem em São Paulo, os bancários que iniciaram greve no último dia 27 de setembro tiveram a primeira rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria reivindica 12% de aumento nos salários mais conquistas. Os bancos até então mantinham a contra proposta inicial de 8% de reajuste. A paralisação tem prejudicado bastante a população que é obrigada a recorrer aos caixas eletrônicos e as lotéricas para pagamento de contas e saques.

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