Greves: categorias em luta, mas população prejudicada

Com a greve dos Correios, os cidadãos têm tido dificuldades para manter as contas em dia. Depois de imprimir a segunda via na internet, a outra maratona para poder quitar os boletos é onde pagar, já que os bancários também estão de braços cruzados. Resultado: necessidade de uma boa dose de paciência para enfrentar as enormes filas nas lotéricas, principalmente nesta primeira quinzena do mês, período de vencimento da maioria das cobranças do dia a dia. As filas têm sido grandes também nos caixas eletrônicos dos bancos, nem sempre abastecidos com dinheiro. Quem tem dificuldade para manuseá-los acaba enfrentando ainda mais transtornos. Cobranças como a de telefone fixo e cartões de crédito podem ser quitadas diretamente nos guichês das lotéricas, bastando informar os números da linha de telefone ou do cartão, mas os pagamentos só podem ser feitos até o limite de R$ 700 por operação. O pior é que esses contratempos comuns com a onda de greves no país ultimamente parecem não ter previsão de término. Os funcionários dos Correios querem piso de R$ 1.635, mais 7,16% de reposição da inflação; já os bancários reivindicam 12% de aumento, mas até terça-feira os banqueiros ainda insistiam na contraproposta de 8%. A queda de braço continua.