O IMPOSTÔMETRO, medidor eletrônico de arrecadação tributária instalado em São Paulo pela Associação Comercial de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, atingiu na última sexta-feira a marca de R$ 1,1 trilhão em impostos federais, estaduais e municipais pagos pelos brasileiros desde o começo do ano.
O VALOR foi contabilizado 39 dias antes da data em que o mesmo montante foi alcançado em 2010. Nos anos anteriores o painel nem chegou a marcar esse valor. Enquanto o Brasil não realizar a sonhada reforma tributária, as desigualdades irão persistir, punindo o consumidor brasileiro com uma carga pesada de tributos. Fica impossível crescer com uma carga tributária dessas.
OS EFEITOS da tributação, infelizmente, acontecem em todos os segmentos da sociedade, do doméstico ao industrial, penalizando a todos. Na liderança da carga tributária, o Estado certamente leva vantagem. Basta conferir uma conta de luz para saber, por baixo, o que o governo recolhe com os altos impostos.
A ELEVADA tributação das tarifas públicas mostra porque o governo não sentiu a falta da CPMF no caixa do Planalto. Comparativo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostrou que a tarifa no Brasil é a segunda mais cara do planeta, perdendo apenas para a Itália, e quase 60% maior que a praticada nos Estados Unidos, a maior potência econômica do mundo. Alguma coisa errada está ocorrendo.
PARA SAIR da tirania dos tributos, o jeito é economizar e os consumidores brasileiros estão dando conta de que, agindo assim, entra mais dinheiro no bolso, já que o governo não é capaz de reduzir o seu ganho. Por conta da economia forçada, muita gente deixa de investir, fábricas não atualizam seus equipamentos antes de verificarem o impacto nos custos, ninguém quer gastar mais se arriscando a pagar mais impostos e o consumo diminui de forma geral.
AS DIVERSAS facetas da economia friburguense, com forte vocação industrial, requerem medidas por parte dos poderes públicos que possam dar continuidade a este processo de desenvolvimento, compensando, de certa forma, o contribuinte. O crescimento das exportações e a consolidação das indústrias metal-mecânica e de moda íntima são fortes indicadores para a ampliação de políticas de incentivo e promoção no município.
A REFORMA desejada pelas classes produtivas e pela população em geral precisa ser agilizada em nome do crescimento nacional. Caso contrário, o país ficará refém de políticas econômicas que impedem a expansão industrial, o aumento da renda do trabalhador e a elevação do consumo. Os candidatos a cargos eletivos em 2012 sabem disso e os eleitores devem procurar votar naqueles comprometidos com a questão, para o bem de todos.
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