OPINIÃO - Com o risco de deslizamento de pedras na RJ-130, você tem receio de passar pela rodovia?

terça-feira, 04 de outubro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Flávia Namen

As mortes causadas pelo deslizamento de uma pedra que atingiu um veículo que trafegava no quilômetro 12 da RJ-130 (Estrada Nova Friburgo-Teresópolis) chocaram a comunidade friburguense. O acidente, ocorrido na manhã de 17 de setembro, no distrito de Campo do Coelho, fez duas vítimas fatais: Maria Helena Tofani Mineiro, de 68 anos, que morreu na hora, e seu marido, Antônio Valcir Mineiro, de 75 anos, que faleceu uma semana depois, no CTI do Hospital Raul Sertã. Apesar de o deslizamento ter sido provocado por uma escavação em uma área particular, muita gente ficou temerosa de trafegar pela rodovia, uma das mais atingidas pela catástrofe de janeiro. A redação de A VOZ DA SERRA foi às ruas ouvir a opinião de algumas pessoas sobre a questão.

“Estou assustado não só com esse fato, mas com as encostas que ameaçam cair em vários pontos da cidade. Desde a catástrofe ocorrida em janeiro, nenhuma obra de contenção foi feita efetivamente. Não sei se as verbas não foram liberadas ou os estudos não foram concluídos, mas o fato é que isso assusta qualquer um. Costumo passar pela Teresópolis-Friburgo e é possível notar que a devastação causada pelas chuvas continua lá. Não foi feito nada para minimizar os riscos de futuros problemas”.

Max Wolosker, endocrinologista e jornalista, Cônego

“Como o acidente foi causado por uma obra não estou com receio. Fico preocupado porque nada foi feito desde a catástrofe. Parece que agora começaram a mexer em alguns lugares e estamos vendo as máquinas trabalhar. Acho que está um pouco em cima da hora, mas, como diz o ditado: Antes tarde do que nunca!”

Joveniro de Carvalho Cabral, taxista, Paissandu

“Aquela área da Friburgo-Teresópolis está toda muito vulnerável e traz riscos não só para os motoristas como para os pedestres e ciclistas. Acho que é preciso tomar providências antes que chova, e aquela região tem prioridade. Quando começar o período de chuvas vai ficar tudo mais difícil.”

Edson Monteiro Machado, taxista, Centro

“Claro que fico com medo de passar por lá. Desde que ocorreu a catástrofe, nenhuma obra de grande porte foi feita naquela estrada. Isso é um absurdo até porque a Teresópolis-Friburgo era uma rodovia turística.”

Maria Lúcia Souza

Dias, dona de casa,

Conselheiro Paulino

“Depois da tragédia, nunca mais passeei de bicicleta naquela área. Agora então, depois desse acidente, vou evitar passar até de carro. Além do risco, dá muita tristeza ver tanta destruição e nenhum sinal de recuperação daquela outrora linda região.”

Ana Ferreira,

professora, Bairro Ypu

“Dia desses convidei minha filha para almoçar num restaurante em Conquista e ela ficou com receio de ir devido ao risco de outras pedras caírem na estrada. Segundo soube, aquela pedra rolou por causa de uma obra feita sem acompanhamento técnico e não foi consequência da tragédia de janeiro. Por enquanto, não estou com medo de dirigir naquela estrada.”

José Kalil Gastim,

aposentado, Centro

“Lógico que estou assustada em passar por lá. Acho que todo mundo está já que não foi feito nada naquela área e na cidade como um todo. Nem as praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas, dois cartões de visita de Friburgo, estão merecendo a devida atenção e estão com os jardins sem cuidados simples, como rega.”

Vera Lúcia Pessanha,

funcionária pública

aposentada, Centro

“Nossos caminhões de entrega, vendedores e supervisores passam diariamente por aquela estrada que realmente está em condições preocupantes. Eu particularmente não circulo com frequência naquela região, que já deveria estar sendo recuperada. A devastação pode ser vista do Campo do Coelho até Vieira, onde está mais perigoso.”

Tony Ventura, empresário, Ponte da Saudade

“Acho que o friburguense, de um modo geral, está preocupado com o que pode acontecer em qualquer lugar da cidade, não só em Conquista. A pedra que rolou na estrada foi um acidente, mas mesmo assim assustou muita gente. Depois dessa catástrofe, o friburguense está muito apreensivo. Não há autoridade técnica ou do governo que possa dizer com segurança o que provocou a tragédia de janeiro. Foi algo que surpreendeu muita gente principalmente porque atingiu áreas que nunca foram consideradas de risco. Acho que o Governo do Estado deveria agilizar as obras na cidade e trazer para cá uma equipe de técnicos especializados.”

Elisa Orlando,

aposentada, Centro

“Apesar do acidente com a pedra ter sido uma fatalidade, toda cidade está temerosa com as consequências da catástrofe devido a proximidade do período de chuvas. Até agora, mesmo com as denúncias da imprensa, nada foi feito e ninguém tomou qualquer providência. Fala-se muito, criou-se um monte de conselhos mas não se vê nada de concreto. Será preciso esperar chegar a época das chuvas para se fazer alguma coisa? Ainda temos ruas sujas da lama de janeiro, só para dizer o mínimo. Desde que ocorreu a catástrofe, evitei passar pelos trechos mais afetados como a estrada de Teresópolis. Outro dia precisei ir a São Sebastião do Alto e fiquei horrorizado com o estado da estrada no trecho de Bom Jardim que também ainda não foi recuperado.”

Walter Cariello, bancário aposentado, Centro

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