Lorca em sutil composição, segundo a crítica especializada

segunda-feira, 26 de setembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Quando estreou a peça “Federico Garcia Lorca – Pequeno poema infinito”, em temporada na Caixa Cultural, em 2007, com o ator José Mauro Brant, o crítico Macksen Luiz a definiu como uma “sutil composição”. Sobre o conteúdo, ele avaliou que a montagem “não pretende analisar a obra do poeta e dramaturgo espanhol, mas capturá-lo no vôo libertário do homem”.

Para o renomado crítico de teatro, “o ator, um Lorca que transita pela contenção da fala para ressoar a explosão verbal, evita com o mesmo formalismo, tão bem marcado pelo figurino, qualquer tentação de criar atmosfera andaluza. O despojamento - tanto do roteiro, assinado pelo diretor Antônio Gilberto e pelo ator -, quanto da interpretação, se estende à cenografia de Ronald Teixeira que, usando cores terrosas e dispondo de poucos elementos cênicos (piso, painel e piano), preenche o espaço com discretas projeções que se complementam pela iluminação sensível de Paulo César Medeiros”.

E mais: “José Mauro Brant se mantém em linha de atuação quase expositiva – assumindo o papel de palestrante -, contrabalançada pela intensidade camuflada do poeta. O Lorca que o ator projeta não busca a dramaticidade, mas a tensão interior, subjacente às palavras e, neste registro, José Mauro Brant afaga o que o poeta escreveu”.

A peça será apresentada neste sábado, 24, às 20h, e domingo, 25, às 19h, no Teatro Sania Cosmelli (Colégio Nossa Senhora das Dores). No mesmo local, também no sábado, das 14h às 17h, Brant realiza a Oficina O Contador de Histórias - Leitura e Jogo Cênico, para atores, leitores, professores e interessados. Contatos com José Mauro Brant através dos telefones (21) 2239-5739 / (21) 8121-5159.

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