HÁ MAIS de sete meses a população de Nova Friburgo contabiliza prejuízos de toda ordem. A morte de quase 500 pessoas e os milhões de reais em perdas materiais ainda estão presentes na vida da cidade, sem perspectiva de solução no curto prazo. Afinal, mais de um semestre já passou e pouca coisa foi realizada em termos de reconstrução.
A CIDADE, que foi a mais atingida, ganhou notoriedade com o apoio da presidente Dilma Rousseff, de autoridades financeiras e de inúmeras entidades assistenciais que ofereceram ajuda. Mas nada disso conseguiu mudar a paisagem do pós-tragédia. A cidade continua à espera de ajuda que possa transformar os pontos mais afetados, de verbas oficiais para as obras e o cumprimento das promessas feitas sob a comoção em janeiro.
A BUROCRACIA está sendo responsável pelo atraso das obras e a liberação de verbas para auxiliar empresas e empresários a saírem do atoleiro. Morosidade e dificuldades de toda ordem estão deixando muitos negócios interrompidos, principalmente os que dependiam de empréstimo do BNDES prometido com alarde, porém, sem transferir os recursos com a velocidade que se esperava.
EMBORA a realidade financeira de muitas empresas friburguenses seja adversa devido às dificuldades em obter empréstimos, é de se ressaltar o trabalho desenvolvido pelas instituições friburguenses pressionando as autoridades para o trabalho de reconstrução. E também vem sendo dado pelo governo municipal apoiando as promoções e feiras que trazem mais recursos para a cidade.
HOJE, mais de 200 empresas friburguenses aguardam o dinheiro do BNDES, sem poder arcar com os prejuízos da chuva e os empresários, em coro, estão revoltados com a situação. A quase totalidade desses pedidos de empréstimo vem dos micro e pequenos empresários, valores pequenos que podem fazer a diferença na manutenção dos seus negócios. Não se pode, portanto, conceber a indiferença do banco governamental em atender este pleito necessário.
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