Crea-RJ alerta para a importância da construção de abrigos

segunda-feira, 29 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Segundo relatório do Crea-RJ, outras providências não menos importantes são o planejamento e a criação de abrigos próximos às áreas de risco nos próximos dois meses. Esses abrigos devem estar localizados em áreas adequadas e com infraestrutura suficiente para receber provisoriamente a população a ser retirada de suas casas durante as chuvas mais intensas. Com isso, após o período mais crítico as pessoas poderiam retornar às casas sem o risco de sofrerem problemas de saúde ou perdas de vida através de possíveis deslizamentos de encosta ou inundação.

De fato, o que se observou após a catástrofe de janeiro foi um amontoado de pessoas sem um mínimo de privacidade, em locais que não tinham a menor condição de recebê-las. Nos mais de 80 abrigos improvisados no município, como escolas, creches, postos de saúde e paróquias, famílias compartilhavam o mesmo espaço sem nenhum conforto e higiene. O único espaço que continua acolhendo pessoas desabrigadas é o posto do Sase, em Olaria, onde vivem cerca de dez famílias. O local, aliás, recebeu a visita do secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, no último mês de julho.

Uma alternativa interessante para a resolução, pelo menos temporária, do problema foi apresentada pelo Grupo de Bioconstrutores Sem Fronteiras: uma oficina de taipa telada, realizada em maio, no distrito de São Pedro da Serra. A ideia consiste na reutilização de lixo seco e outros materiais descartáveis e teve como propósito o socorro e ajuda humanitária às vítimas de tragédias naturais e sociais, através da construção de abrigos e moradias ecológicas. A oficina foi voltada à capacitação e qualificação de profissionais de diversas áreas, a estudantes e a líderes comunitários. Além de oferecer uma opção para a criação de abrigos, também propõe uma medida economicamente mais em conta, com ênfase na reeducação ambiental.

A equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação Social para saber se há em pauta a construção de abrigos no município, mas até o fechamento desta edição ainda não havia recebido nenhuma resposta.

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