Editorial - Perdas e danos - 25 de agosto 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

NÃO SÃO infundados os apelos feitos pelo presidente da Acianf, Cláudio Verbicário, em carta—a segunda—endereçada ao governo federal pedindo ajuda financeira para o restabelecimento da economia friburguense e das demais cidades serranas atingidas pela chuva de janeiro. Os argumentos irrefutáveis na carta enviada ao presidente do Banco Central Alexandre Tombini, publcada na edição de ontem de AVS, mostram que pouco se fez do ponto de vista dos incentivos à iniciativa privada para se refazer dos danos sofridos no início do ano.

NO INÍCIO os trabalhos de reconstrução de Nova Friburgo foram possíveis graças às diversas linhas de credito e financiamento criadas para permitir que a população se recuperasse do trágico acontecimento. O apoio dos governos federal e estadual, em que pese alguma burocracia excessiva, chegou rápido, mas não chegou ao empresariado com a velocidade necessária, fato que perdura sete meses após o evento climático que travou o crescimento friburguense.

É FÁCIL perceber que teremos um longo período de recuperação que só poderá ser concluído com verbas suficientes e projetos de reconstrução de curto, médio e longo prazo. Problemas crônicos que já ocorriam foram agravados ainda mais com a tragédia, atingindo as empresas e a economia do município.

PARA A ajuda financeira sair convenientemente dos cofres públicos, em tempo certo, também será fundamental o apoio da bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional. Serão eles interlocutores dos pleitos, da agilização das verbas e do entrosamento com o Executivo.

CABERÁ, ainda, ao poder político local unir as forças para a reconstrução da cidade. Fragilizada e carente de benfeitorias, Nova Friburgo deve voltar os seus esforços para a melhoria de sua qualidade de vida, planejando novas políticas que levem ao desenvolvimento considerando o meio ambiente e o crescimento sustentável em sintonia com o progresso econômico.

A CRISE financeira que retrai o comércio internacional ainda não contaminou a produção brasileira, porém os empresários não estão otimistas quanto ao aumento do volume de vendas em 2011. Nem estão pessimistas, imaginando uma quebradeira de empresa, como no exterior. O mercado interno brasileiro ainda mantém vigor para consumir o que o país produz.

A RECONSTRUÇÃO prometida pelos governos deve considerar em suas propostas a oferta de estímulos à produção industrial, auxiliando empresas a se reerguer, e promover a ampliação do nosso parque fabril. Além das obras, a economia municipal necessita de recursos e verbas para o seu desenvolvimento, o que, infelizmente, até o momento, não apareceu. Daí o justo clamor da entidade em favor de Nova Friburgo.

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