(secom) Resgatar o folclore e a cultura popular—este foi o objetivo da comemoração pelo Dia do Folclore, que as secretarias de Cultura, Educação, Esporte e Pró-Leitura promoveram na Praça Getúlio Vargas, no último sábado, 20. As atividades que englobaram apresentação de capoeira, teatro, contação de histórias, dança de quadrilhas, oficina de pipa, oficina de fuxico e cerâmica da Oficina Escola de Arte atraíram um grande público à praça. Estiveram presentes o secretário de Cultura Roosevelt Concy, o secretário de Esportes Frank James Fernandes e o secretário de Pró-Leitura, Álvaro Otoni.
Frank James ressaltou que esporte e cultura estão sempre caminhando de mãos dadas. “É importante destacar que as manifestações culturais como capoeira, danças folclóricas e tradições orais são manifestações que precisam ser resgatadas, pois senão as futuras gerações não vão conhecer”, declarou o secretário.
Para o secretário de Pró-Leitura, Álvaro Ottoni, é fundamental resgatar o folclore, pois ele é nossa identidade cultural. “Não só as crianças, mas a população de maneira geral está afastada do folclore. É através das raízes culturais que formamos nossa identidade como povo. Esse trabalho que estamos fazendo aqui, trazendo para a praça pública as manifestações artísticas populares, é uma maneira de resistir culturalmente. E mostrar para o povo um pouco do nosso folclore, que é um dos mais ricos do mundo”, declarou o professor.
Já o secretário de Cultura, Roosevelt Concy, afirmou que há necessidade de resgatar as tradições brasileiras que estão sofrendo, de forma intensa um esquecimento, devido à exposição das nossas crianças à internet.
“O folclore é um conjunto de tradições orais e de danças que é passado de pai para filho. As lendas e mitos do Brasil, como por exemplo, o Saci Pererê, o Curupira, a Mula sem cabeça, os contos, as brincadeiras infantis, estão sendo esquecidos por nossas crianças e pelos adolescentes, que não tiveram a oportunidade de receber de seus pais essas informações”, afirmou Roosevelt Concy.
O Secretário de Cultura prosseguiu dizendo que o Brasil é um dos países que ficam mais tempo conectados à internet: “Há hoje 120 mil lan houses e cerca de oito mil bibliotecas. Neste momento estamos em praça pública comemorando o Dia do Folclore, fazendo um movimento de resistência. Estabelecendo uma ligação com o passado porque um povo sem passado é um povo sem história e sem memória. E um povo que não tem personalidade não possui identidade cultural”, finalizou Roosevelt Concy.
População se encanta com as apresentações
O povo que lotou a Praça Getúlio Vargas aprovou a comemoração do Dia do Folclore e todas as atividades que estavam acontecendo. Fernanda Milanês, moradora do Centro, estava encantada com todas as apresentações. “Acho maravilhoso e necessário este tipo de comemoração. A praça pública é para ser ocupada pelo povo e com atividades culturais”, declarou.
Já Silvania Vieira de Azevedo, moradora das Braunes, considera que esse tipo de atividade deveria ser repetido também em todas as escolas do município. Hoje as crianças estão perdendo o hábito da leitura e das brincadeiras de criança—e elas estão movidas à internet. É preciso procurar resgatar a ciranda de roda, a amarelinha, jogar bola de gude. Essas atividades deveriam ser realizadas sempre”, finalizou.
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