Eloir Perdigão
Uma equipe do 6º Grupamento de Bombeiro Militar (6º GBM), liderada pelo tenente-coronel Luiz Emanuel Palência Barbosa, está trabalhando junto à Secretaria de Estado de Defesa Civil e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, além de outros órgãos, com objetivo de reduzir a vulnerabilidade da cidade de Nova Friburgo em relação à ameaça das chuvas, principalmente as do próximo verão. Este trabalho consiste na busca de alternativas que possam ser aplicadas de forma rápida e segura — sem impactar o meio ambiente e que possam dar mais segurança aos cidadãos.
Uma das opções é o produto desenvolvido e que está sendo aplicado por uma empresa de Santa Catarina, através da representação no Rio de Janeiro, que reduz a erosão das encostas (ou do solo, de modo geral). É similar a um produto internacional utilizado na guerra do Afeganistão, usado no solo para pouso de aviões. O produto apresentado no 6º GBM é nacional, segue a mesma linha do produto internacional, protege contra erosão do solo, mas permite que o solo “respire” normalmente — não inviabilizando o nascimento de vegetação. Segundo o fabricante, é biodegradável, tendo sido, inclusive, apresentado o certificado de testes laboratoriais.
Sua aplicação é feita através de um jato de mangueira, que penetra nas camadas superficiais do solo, mas mesmo assim mantém a sua porosidade, permitindo que as sementes germinem e as plantas cresçam, ao mesmo tempo em que impede que penetre muita água no solo, mantendo-o compactado, evitando-se sua erosão. O produto, segundo o fabricante, já foi aplicado em algumas cidades brasileiras. Em Nova Friburgo o local escolhido foi uma encosta junto ao 6º GBM, na presença de representantes das secretarias estaduais de Reconstrução da Região Serrana e de Defesa Civil e da Defesa Civil municipal.
De acordo com o tenente-coronel Palência, ainda é cedo para uma conclusão e os testes devem continuar, com a presença de representantes de outros organismos, a fim de se saber se é viável a aquisição desse produto para proteger as encostas friburguenses. Para Palência, tudo leva a crer que sua aplicação é a forma mais rápida de proteção das áreas vulneráveis de Nova Friburgo. Quanto a ser a mais econômica, ainda depende de uma análise de custo-benefício em relação a outras formas de contenção de encostas.
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