Editorial - Agosto, com gosto - 13 a 15 de agosto 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

DESDE a tragédia de janeiro, a área cultural friburguense tem se esforçado bastante para recuperar a autoestima da população num empenho conjunto em nome da reconstrução da cidade. Neste mês de agosto, sete meses após a chuva, finalmente começaram as obras de recuperação da capela do Suspiro e avançam firmes as promoções culturais do Teatro Municipal, também atingido e que agora volta às atividades com toda a força.

PARCERIA com o Sesc tem permitido a realização de eventos artísticos de qualidade, como o que será apresentado hoje com o cantor e compositor João Bosco, através de promoção conjunta com a Secretaria Municipal de Cultura. O trabalho do governo não se limita apenas às obras emergenciais e a preocupação se torna visível através de inúmeras atividades implementadas no primeiro semestre. A cultura responde ao desafio com uma programação de alto nível.

A CULTURA friburguense sofreu baques sérios por conta da enxurrada. Praticamente todos os seus centros de cultura foram afetados, sendo o principal deles, o Teatro Municipal, felizmente recuperado. Assim como ele, o Centro de Arte foi reaberto, pois também sofreu danos materiais e agora reabre com diversas exposições.

SE A palavra de ordem é reconstrução, a cultura também deve estar na linha de frente para que isto aconteça. Atingida como foi, a vida friburguense perde um pouco do seu encanto e atratividade turística, pois ficamos um período sem salas para apresentações musicais, impedindo a produção cultural na cidade durante um longo período.

OS PROBLEMAS, porém, não param aí. Aprovado pela Câmara Municipal desde o ano passado, projeto do Executivo que prevê novos tombamentos de bens públicos ou particulares de interesse histórico ou cultural ainda não foi deslanchado. Para quem sofreu perdas quase irreparáveis com a chuva, é um bom momento para reavaliar a importância dos imóveis e os riscos ao nosso patrimônio.

O SETOR cultural friburguense possui um rico valor agregado para o turismo e a economia do município, gera renda e cria inúmeras oportunidades de trabalho. Devemos, pois, tratá-lo como investimento para que volte à sua plenitude e não como uma obra embargada sem previsão de voltar à atividade, no final da fila das prioridades. A restauração do Suspiro é um bom sinal de que a reconstrução de Nova Friburgo não é uma quimera, um sonho só dos políticos. Ela começa a se fazer presente no nosso dia a dia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade