(secom) - Toda a atenção que está sendo dispensada à Capela de Santo Antônio em Nova Friburgo deve-se ao seu valor histórico cultural. O patrimônio teve sua pedra fundamental lançada em 1879 e foi inaugurada em 1884, ainda sem a torre sineira nem a sacristia, sendo que em 1948, o renomado arquiteto Lúcio Costa adicionou a torre sineira à igreja.
Em janeiro deste ano, um dos cartões-postais do município apareceu nos principais veículos de comunicação do Brasil por ter sido semidestruído pelas fortes chuvas da madrugada do dia 12. Mas tão logo a Fundação Roberto Marinho tomou ciência, visitou o local e se prontificou a restaurar a capela.
Hoje, as obras estão a todo vapor. As obras emergenciais visam restabelecer paredes e telhado. Segundo Roosevelt Concy, secretário de Cultura, a primeira fase das obras estará concluída em setembro. A segunda fase será para verificar danos e a necessidade do processo de restauração, com informações no que ainda é possível verificar ou em registros históricos. O investimento está em torno de R$500 mil, oriundos de recurso próprio da Fundação.
O secretário de Cultura destaca que todo o trabalho está sendo feito em parceria com a Cúria Diocesana de Nova Friburgo, pois a capela é ligada à Paróquia de São Francisco de Assis, e com o Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), e acompanhamento técnico fiscalizador da Prefeitura de Nova Friburgo, por meio da Secretaria de Cultura, representada nesta ação pela gerente de Patrimônio Histórico, Lilian Barreto, e pelo coordenador de Patrimônio, Luiz Fernando Folly, uma vez que se trata de um bem tombado pelo Estado.
Quanto às obras em torno da Capela, o secretário informa que, como está sendo feito um acompanhamento pelo Inepac, intimamente ligada à Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro, responsável pelos trabalhos nas encostas da cidade, não há qualquer observação negativa a respeito — pelo contrário, há uma preocupação do Instituto na reconstrução de todo o espaço ao redor da capela, o que significa que será redimensionado o espaço entre a capela e a obra social, o Dispensário de Santo Antônio.
Acompanhamento técnico
Segundo relatório da Gerência de Patrimônio Histórico e Coordenação de Patrimônio da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo, a capela teve parte do telhado e quase todo o seu interior destruído pela avalanche de janeiro. Foi constatado que a parede lateral direita do altar foi totalmente destruída, bem como o arco cruzeiro da construção e o forro de fasquio do altar, construído no final século XIX.
Perdeu-se uma das folhas da porta dupla da entrada da capela, a escada em caracol do coro, e a sacristia ficou coberta de lama, além de terem sido retirados os vitrais da capela, embora não fossem originais. Já foram recuperadas a parede lateral direita do altar, o forro em fasquio e colocada a folha faltante da porta.
Lilian Barretto informou que enquanto a Capela de Santo Antônio passa por obras emergenciais, a Fundação Roberto Marinho está elaborando um projeto de restauração do prédio histórico, para captação de recursos. “A Capela foi escolhida pela Fundação Roberto Marinho e o Inepac para ser o primeiro imóvel do patrimônio histórico friburguense a ser totalmente restaurado”, ressalta a gerente de Patrimônio Histórico.
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