Bruno Pedretti
O distrito de Conselheiro Paulino certamente foi um dos locais mais afetados pela catástrofe de 12 de janeiro. A população dos bairros que compõem o distrito mais populoso do município reclama frequentemente do abandono que as autoridades vêm relegando a Conselheiro Paulino. Com o Loteamento Parque das Flores não é diferente. A VOZ DA SERRA esteve no bairro e constatou alguns problemas. Felizmente, ninguém morreu na tragédia de janeiro no bairro, mas as marcas da destruição no Parque das Flores ainda são bem visíveis.
Moradores pedem para que um muro de contenção seja construído na Rua Luís Aragão Sepena e a própria comunidade providenciou a interdição da via com blocos de concreto, cedidos pela Prefeitura. A intenção foi impedir que os ônibus e veículos de grande porte transitassem pelo local, a fim de evitar acidentes. “Até mesmo para carros normais é difícil passar, já que as condições do calçamento também não são nada boas. Estamos realmente precisando de ajuda, mas, até agora, nada”, conta Sebastião Fiel, que reside no Parque das Flores há 33 anos.
O morador sugere às autoridades que a Escola Municipal Izabel Siqueira seja reformada, pois as condições da unidade deixam a desejar. “O colégio é muito ruim, o telhado está cheio de cupim, as salas não têm ventilação e muitas crianças utilizam a escola. Existe um terreno de 1.080 metros quadrados, que foi comprado há 12 anos, para uma nova escola, mas até agora não fizeram obra nenhuma. Poderiam aproveitar o espaço para fazer também uma quadra para as crianças, já que elas brincam na rua e correm risco de sofrer acidentes”, sugere Fiel.
Outra reclamação do morador é com o horário dos coletivos. “Aqui sobe o ônibus da linha Furnas e o micro Alto do Catete, mas só circula de uma em uma hora, sendo que demora ainda mais por conta do trânsito. Precisamos de uma solução”, reivindica. No entanto, a coleta de lixo, a iluminação pública, a distribuição de água e a ronda policial são elogiadas por Sebastião.
Já Marco Santos, que nasceu no Parque das Flores, reclama da capina. “O pessoal da limpeza só vem aqui quando reclamamos muito”, revela.
Cerca de dez famílias ficaram desabrigadas no bairro e três residências foram ao chão com a força de uma manilha de água que estourou. Os moradores pedem para que seja construída uma nova galeria de água, aberta, para que eles mesmos possam limpá-la.
A Rua José Pinheiro, na parte alta do bairro, também é alvo de críticas dos moradores. “Lá na Prefeitura consta que já foi pavimentada, mas até agora está só no papel. Tudo que acontece por aqui são os moradores que se unem e fazem”, revela Marco Santos.
PODER PÚBLICO – Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura não havia se manifestado a respeito das queixas e reivindicações aqui relatadas.
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