Editorial - Sem o que reclamar - 26 de julho 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

TODO fim de semana é a mesma ladainha. Motoristas reclamam da Lei Seca, mas as estatísticas estão aí para confirmar. A balada noturna invariavelmente eleva o risco de convivermos com o perigoso casamento do álcool com direção de veículos. Os dois são responsáveis por altos índices de acidentes no trânsito e têm possibilidade acentuada de repetir a dose, ainda que os números oficiais mostrem resultados animadores.

DADOS do governo do Estado do Rio apontam que a Operação Lei Seca registrou uma redução de 36,2% no número de acidentes de trânsito no Rio durante o mês de maio. De acordo com a assessoria do governo estadual, foram comparados os números de maio deste ano com o mesmo período do ano passado. Desde que foi iniciada a operação vem apresentando redução sucessiva.

GRAÇAS ao empenho das polícias militar e rodoviária muitas operações de repressão ao uso do álcool são desencadeadas fazendo cumprir o determinado. Muita gente graúda foi pega com a mão no copo e no volante, criando constrangimentos e provocando ondas moralizantes em todo o país. A lei seca nas estradas pegou pra valer.

É PRECISO, mesmo que as autoridades ampliem a fiscalização para tirar das rodovias os motoristas alcoolizados e não somente os flagrados em incidentes nas madrugadas friburguenses, sobretudo nos finais de semana e feriados prolongados, nos bairros e distritos. É preciso insistir em campanhas que motivem a tomada de consciência em relação à desastrosa atitude que é beber e dirigir.

NOVA FRIBURGO possui um triste histórico de acidentes automobilísticos associados à bebida. Para reduzir a fatal estatística, as autoridades dispõem de farta legislação, cabendo agora atuar de maneira permanente coibindo os abusos. A sociedade friburguense, por sua vez, deve fazer a sua parte, conscientizando-se do alto risco que a dobradinha envolve, demovendo os mais imprudentes e desestimulando o falso poder do uso do álcool.

O GOVERNO mostrou que o trânsito é uma das prioridades do cidadão e exige uma solução rápida. Além das medidas operacionais, a educação do trânsito não deve ficar ausente das políticas públicas para o setor. O assunto faz parte do contexto moderno, no qual o automóvel não deve ser utilizado como arma na luta diária do trânsito. O compromisso não é só do motorista. É da autoridade também.

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