Editorial - Reforço essencial - 22 de julho 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

O MAIOR investimento da história do turismo do Estado do Rio de Janeiro está prestes a ser alcançado em agosto, quando o Banco Interamericano de Desenvolvimento — BID — em parceria com o governo federal e o estadual formaliza o Programa de Desenvolvimento do Turismo — Prodetur-RJ. Serão nada mais que US$ 187 milhões destinados a obras de infraestrutura essenciais ao incremento das atividades do setor, no Rio e também no interior fluminense com vistas aos eventos internacionais que o estado abrigará nos próximos cinco anos.

TAMBÉM o Ministério do Turismo liberou uma verba de R$ 10 milhões para a realização de campanhas de marketing que objetivam a revitalização do fluxo turístico no polo serrano atingido pela chuva de janeiro. De acordo com autoridades do setor, 90% dos equipamentos turísticos da região (Serra Verde Imperial) já estão capacitados a receber os turistas e a campanha é providencial e necessária para atrair os visitantes.

DESDE o governo Lula, o turismo vem sendo atendido no quadro das políticas públicas de incremento e valorização devido às amplas possibilidades de crescimento do setor no país. O Plano Nacional de Turismo tem como foco o fortalecimento do turismo interno e permitir que a população de baixa renda passe a ter oportunidade de viajar. E isto está beneficiando diretamente os portais do turismo interno, ou seja, as regiões onde não há procura por estrangeiros e onde o turismo interno é dominante.

MUITOS municípios brasileiros, como Nova Friburgo, não possuem encantos capazes de mobilizar grandes multidões, como faz muito bem a capital do estado. Porém, apresentam atividade turística intensa ao longo de todo o ano, motivada pelo turismo de negócios, a proximidade de grandes centros, como o Rio e também os seus atrativos naturais. Uma consistente política de turismo, portanto é bem-vinda e pode render bons negócios ao setor.

ATÉ ENTÃO, a falta de uma política nacional rigorosa não permitiu que o setor turístico nacional crescesse na medida das suas expectativas. Por má vontade, desinteresse político ou falta de visão estratégica, o turismo brasileiro corre agora contra o tempo, embora apresente índices de crescimento. E pode fazer mais e render mais, principalmente com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Sem planejamento, porém, a atividade não cresce com a velocidade necessária.

A ATUAÇÃO do governo finalmente poderá interromper o jejum de investimentos no setor, abrindo o mercado também a investidores nacionais e não apenas aos investidores estrangeiros. Com políticas estruturantes e realistas vem o dinheiro, permitindo que o setor cresça e possa fazer frente a outros mercados competitivos.

IGUALMENTE o governo municipal não deve dar as costas para o setor. Fonte de emprego e renda no município, o turismo ganha espaço na economia e pode crescer ainda mais, desde que a parceria com o setor privado possa ser estabelecida e mantida por longo período. Sozinho, nem o setor privado nem o governo conseguirão obter os resultados esperados.

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