Bruno Pedretti
Indignação. Este foi o sentimento dos friburguenses que se manifestaram na terça-feira, 12. Desde o fim da tarde, a Praça Dermeval Barbosa Moreira ficou repleta de pessoas, que se reuniram após os seis meses da catástrofe que assolou a Região Serrana para cobrar soluções imediatas dos problemas enfrentados por moradores de Nova Friburgo.
O destaque do manifesto foi a interação entre os jovens e sindicalistas que lideravam o movimento e populares. Com um carro de som, três sindicalistas — Luiz Salarini, Edil Nunes e Sidney Moura — convidavam a população a participar e expor seus problemas ao microfone. Foi grande o número de moradores que se queixaram da demora das obras de revitalização da cidade, do não pagamento do aluguel social e, principalmente, das recentes denúncias do Ministério Público Federal. A cada pessoa que se manifestava ao microfone era nítido o sentimento de revolta dos populares, a ponto de alguns participantes sugerirem agressões a autoridades e quebra-quebra pela cidade. “Gente, esse protesto é pacífico, ordeiro e existe liderança. Vamos nos manifestar pacificamente e caminhar até a Prefeitura para reivindicar”, salientou Luiz Salarini.
Ao longo da Avenida Alberto Braune, gritos de torcida foram adaptados pelos manifestantes para expor sua indignação com a administração municipal. A chegada à Prefeitura foi o ápice da manifestação, que reuniu cerca de 300 pessoas. Os manifestantes prometeram não se calar enquanto as obras de reconstrução da cidade não forem concretizadas.
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