UMA REUNIÃO promovida pela Prefeitura, preparatória para a Conferência Regional do Idoso da Região Serrana, em Petrópolis, foi o início das discussões sobre os desafios da terceira idade frente à própria idade, à economia e aos seus direitos. O problema do idoso friburguense infelizmente é o mesmo dos demais em todas as cidades.
A INFLAÇÃO da terceira idade, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas – FGV – divulgado nesta terça feira, ficou em 1,3% no segundo trimestre deste ano, após registrar alta de 2,18% no anterior. No ano, a taxa acumulada de inflação medida pelo IPCi é de 3,51%. No segundo semestre, os preços dos alimentos devem pressionar menos a inflação para as famílias compostas principalmente por pessoas com mais de 60 anos.
EMBORA O governo faça a sua parte, não consegue evitar os repasses em reajustes e a inflação é mais cruel para os mais velhos. A constatação mostra que o país evoluiu pouco nos mecanismos de proteção aos idosos, tratando com desconsideração a terceira idade, ainda que esta seja responsável por 16% da renda das famílias brasileiras.
A PROVIDÊNCIA do governo ao tratar este assunto deve, portanto, ser maximizada pelos organismos de proteção e fiscalização, encurtando a diferença dos tratamentos a este importante setor da população. Os exemplos podem ser enumerados em diversos aspectos, porém a saúde vem se constituindo no grande mal a afligir os mais velhos.
POR FALTA de políticas públicas de amparo, os idosos são tratados com total falta de respeito, ignorando as mais elementares regras de proteção, deixando quem já deu sua força de trabalho ao sabor das conveniências. Contra eles estão as diversas formas de violência, que vão dos maus-tratos e da intolerância à falta de lazer, comodidades urbanas e benefícios na aquisição de medicamentos.
OS EXEMPLOS estão espalhados por todas as cidades brasileiras, marginalizando o idoso das atividades culturais, de lazer e entretenimento, assim como no respeito a quem já deu tanto pelo país. A própria Previdência Social não assume posição protetora do idoso, pagando aposentadorias irrisórias, fazendo com que o dinheiro recebido seja no máximo utilizado para a aquisição de medicamentos. As dificuldades se estendem por demais serviços, levando o idoso a ser considerado um fardo na vida nacional.
A TERCEIRA idade deve ser respeitada através de políticas públicas de reintegração e ambientação, permitindo que os mais velhos sejam reconhecidos, quer no âmbito familiar, quer no convívio social com a cidade, recebendo do governo a devida proteção. Novas medidas devem ser introduzidas, valorizando os idosos, em respeito aos anos de trabalho e em reconhecimento pelos serviços prestados. No Brasil, infelizmente, os idosos estão na mira dos políticos apenas em épocas eleitorais. Ou em campanhas de vacinação.
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