Apreensão recorde de drogas: quase dez quilos de maconha, cocaína e oxi

quarta-feira, 11 de maio de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Apreensão recorde de drogas: quase dez quilos de maconha, cocaína e oxi
Apreensão recorde de drogas: quase dez quilos de maconha, cocaína e oxi

Em operação de repressão ao tráfico de drogas, a equipe do Patamo 1, do 11º BPM, fez no último fim de semana a maior apreensão deste ano em duas casas no distrito de Conselheiro Paulino, uma delas usada como depósito do tráfico: foram recolhidos 8,73 quilos de maconha, 1,14 quilo de cocaína e ainda 20 gramas de oxi, uma nova droga, de poder devastador, que chegou recentemente às bocas de fumo de Nova Friburgo. Também foram apreendidas na operação duas balanças de precisão, farto material para endolação de drogas e ainda um celular.

O oxi é uma pedra derivada da cocaína, de cor avermelhada, e que custa menos que o crack (sai entre R$ 2 e R$ 5), com maior poder letal que o crack e a cocaína juntos. Ao ingerir a fumaça preta oriunda da queima do oxi, o viciado rapidamente tem alucinações, muita euforia e excitação, mas sua composição química pode ter efeitos devastadores no organismo humano. Por ser mais barato, o oxi surge como a nova sensação do tráfico.

Parte da droga apreendida estava com Márcio André Lopes Bohrer, o Marcinho, 32 anos, preso em flagrante. Ele foi flagrado pela equipe do sargento Deusedino e os soldados Muxinelli, Deruci e Diogo, numa casa da Rua Maria Voltara Ceccon, em Conselheiro Paulino, próximo à quadra da escola Alunos do Samba. Marcinho, segundo as investigações do Patamo 1, era o responsável pelo funcionamento do “disque-drogas” que garantia a entrega de entorpecentes em domicílio aos viciados de classe média, que hesitavam ir às bocas de fumo nos morros temendo ser flagrados em operações do 11º BPM. A maioria da clientela do disque-drogas era de universitários e alunos de academias de ginástica.

No momento em que Marcinho foi flagrado, inclusive, diversos clientes telefonaram para o celular dele encomendando drogas. Na casa dele os policiais do Patamo 1 encontraram um quilo de maconha, já dividido em tabletes de 100 e 25 gramas, prontos para a venda em maiores quantidades, e uma das balanças de precisão. Os PMs acharam estranho o fato da mulher de Marcinho desconhecer a atividade ilícita. Diante do flagrante, Marcinho confessou que a droga era sua e que seria vendida a clientes já cadastrados, que costumam comprar os entorpecentes em sua casa ou encomendar por telefone, para entrega em domicílio.

Informados por denúncia dando conta ainda de que uma casa na Rua Marinus Eduardo De Vries, no Parque Maria Tereza, também no distrito de Conselheiro Paulino, servia como depósito de drogas do tráfico, os policiais encontraram escondidos num armário outros nove tabletes e meio de maconha prensada, um tablete de cocaína pura, outro de pó, já aberto, e com aproximadamente 200 gramas do entorpecente, uma pedra de oxi, outra balança de precisão e mais o material para endolação. O imóvel, aparentemente abandonado, era constantemente frequentado por traficantes.

Com esta apreensão o 11º BPM bateu seu próprio recorde: cinco quilos de drogas recolhidos em fevereiro.

Jovem de 21 anos escondia cocaína

na calcinha para enganar a polícia

Ela foi presa após atender um viciado na Favela do Trem, no Cordoeira

Durante patrulhamento no fim da tarde de segunda-feira, 9, na localidade conhecida como Favela do Trem, na Rua Manoel Cristiano Bussinger, no Cordoeira, o sargento Ricardo e o soldado Labre, do 11º BPM, prenderam em flagrante Renata Pereira da Silva, 21 anos. Ela estava com quatro sacolés de cocaína na calcinha, que foram apreendidos. Os PMs observaram quando Renata foi abordada por um rapaz, próximo ao ponto final do ônibus Cordoeira-Lagoinha, e entregou a ele um sacolé de droga. O cliente pagou R$ 20 pelo entorpecente e saiu a pé. Logo em seguida, os policiais abordaram Renata que, inicialmente, negou ter envolvimento com o tráfico, mas em seguida confessou a atividade ilícita.

Na 151ª DP Renata não quis prestar depoimento ao delegado Luiz Lima Ramos Filho, alegando que só fará declarações à Justiça, mas sua irmã revelou que ela costumava comprar entre cinco e 15 sacolés de cocaína de traficantes na Praça Getúlio Vargas — nas proximidades da rodoviária urbana — para revender a viciados no Cordoeira.

Recolhida ao setor de custódia da Polinter, anexo à 151ª DP, Renata foi transferida para a carceragem feminina de Magé, na Baixada Fluminense. Os R$ 20 apurados com a venda da droga também foram apreendidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade