Estatuto do Menor, Delegacia da Criança e do Adolescente, Lei Maria da Penha, Direitos Humanos, Tortura Nunca Mais, Bullying. Vernáculos novos que vão sendo incorporados ao dia a dia mas sem uma eficiência que se reflita em ações benéficas à sociedade. Trata-se de uma cortina de fumaça que os legisladores, o executivo e o judiciário lançam sobre a população quase como uma promessa de que, daqui para frente, as coisas vão mudar. O engodo fica apenas na letra fria da Lei e jamais chega a fazer parte da vida social. O recente caso da tragédia ocorrida em uma escola pública, de primeiro grau, no Rio de Janeiro, quando mais de uma dezena de crianças foram friamente assassinadas por psicopata, obriga a fazer uma revisão sobre a quantidade de esquizofrênicos homicidas em potencial que convivem nos vários graus do ensino. Jovens com procedimento antissocial de agressões, ofensas, brigas, porte de armas ou de objetos (facas, soco-inglês, cassetete, tacos de basebol) ou declaradamente adeptos do nazismo (em virtude do uso da suástica ou de tatuagens que façam alusão a violência), deveriam ser imediatamente encaminhados a psiquiatras e psicólogos para acompanhamento clínico. Este simples cuidado sofrearia o bullying e deteria a violência nas escolas que chega a inspirar medo em alunos e mestres.
Criada recentemente, a Secretaria dos Direitos Humanos ainda não se encontrou, não tem um plano de ação, tampouco especialistas nas ilegalidades que se cometem nos presídios, delegacias de polícia e estabelecimentos correcionais para menores em todo o país. Dir-se-ia que a tortura foi institucionalizada e a pena de morte é muito mais comum do que se pensa e fica muito longe das teorias oficiais que pretendem abolir, ou diminuir, a violência contra presos, menores, gays, negros, favelados, prostitutas e quem quer que caia nas mãos dos delinquentes, fardados ou não, que exercem funções repressoras ou ditas de segurança pública. A Pastoral Carcerária da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recebeu mais de uma centena de denúncias de tortura contra presos e fez o que pode, passou a denúncia adiante. A ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, tem pela frente — se é que deseja realizar uma gestão que aponte mazelas e imponha punições — um enorme e espinhoso trabalho. Caso contrário pode continuar com o véu cor de rosa de atribuir tortura apenas aos grupos militares de 40 anos atrás. Hoje em dia tudo às mil maravilhas! ...
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