Para expor seus problemas, fazer reivindicações e tomar conhecimento das providências que estão sendo tomadas para a locação de uma nova escola e creche em Córrego Dantas, cerca de 30 membros da associação dos moradores do bairro, representada por Sandro Schottz, foram recebidos na Secretaria de Educação pelo subsecretário pedagógico Larry Busquet e pela diretora de Orçamento, Patrícia Pimentel, na quarta-feira, 20.
Segundo Sandro, com a creche e a escola interditadas pela Defesa Civil, os alunos da escola foram deslocados para uma unidade de ensino em Campo do Coelho, o que, segundo ele, acarretou uma série de dificuldades para os pais, entre eles, de transporte. Inclusive, acrescentou que algumas mães perderam seus empregos por não terem como levar os filhos à escola nem com quem deixá-los. Ele informou que o grupo encontrou dois imóveis no próprio bairro e sugeriu a locação de ambos.
— Já havíamos indicado alguns locais, mas a defesa civil não aprovou. Entendemos, já que é o órgão responsável por liberar as áreas seguras e o embargo foi bem justificado. Depois encontramos outro, mas ao analisá-lo melhor vimos que não era o ideal. Agora descobrimos dois novos espaços, um para a creche e outro para a escola, que desta vez teve o aval da defesa civil. As duas casas pertencem a uma mesma família que mora na região e que também sofreu perdas. A angústia que nos trouxe até aqui para tentar resolver este problema é a mesma que sente toda a comunidade de Córrego Dantas — disse Sandro.
Depois de ressaltar que a perda das unidades de ensino é apenas uma entre tantas outras, mais importantes, como a perda de parentes, amigos e vizinhos, além de residências e materiais de todos os tipos, Sandro pediu que a secretaria de Educação se empenhasse em acertar a locação dos espaços encontrados.
— Viemos pedir empenho da secretaria para que esta negociação seja bem sucedida — enfatizou.
A diretora de Orçamento, Patrícia Pimentel, esclareceu que uma proposta anterior estava em andamento quando esta última foi recebida dois dias antes. Informou também que já havia apresentado esta nova proposta para Verly assinar e em seguida montaria o processo.
— A comissão de avaliação vai visitar o imóvel e depois nos comunicar quanto poderemos pagar por ele. Este é o procedimento que devemos seguir e acatar o valor estipulado pela comissão. Assim que todo esse trâmite for concluído e sendo aprovado, vamos chamar o proprietário para negociar, assinar o contrato, fazer as obras necessárias para então entregar estas duas unidades que vocês estão pleiteando — explicou Patrícia.
Sandro Schottz ressaltou a importância de encontros como este para aproximar o poder público das comunidades e para que eles sejam ouvidos sobre o que está sendo resolvido. Afinal, disse, “é sobre as nossas vidas que estamos tratando aqui”. Acrescentou que também estavam ali para dirimir alguns boatos. Segundo ele, já começaram a disseminar boatos sobre a não negociação de locações, o que deixou os moradores inquietos. Patrícia tratou de tranquilizá-los, afirmando que a proposta já está em andamento e que eles serão ouvidos antes de fechar o negócio.
— A burocracia demanda tempo e não podemos passar por cima dos trâmites legais. Mas vocês serão informados sobre as negociações — reiterou a diretora.
O subsecretário Larry Busquet definiu a prioridade da secretaria de Educação: as crianças.
— Elas são a essência do bairro, do município, das cidades, do mundo, enfim. Ninguém da secretaria vai se atrever a colocá-las numa condição de risco. Esse é o primeiro ponto, nosso principal compromisso com vocês. Em segundo, a escola não pode estar separada do bairro, longe da comunidade. Precisamos trabalhar juntos e em comum acordo para solucionar os problemas de vocês, que são também os nossos, como costuma dizer o Verly. Então, eu quero reafirmar para vocês que o secretário, assim como o prefeito Dermeval Neto, tem o compromisso de atendê-los conforme as necessidades de vocês. E isso será feito. Vamos pedir urgência junto à comissão de avaliação para agilizar o processo — afirmou Larry.
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