No início de março, Nova York, nos Estados Unidos, sediou a Cúpula Mundial sobre Lideranças de Base e Governança, reunindo mulheres de 28 países e 38 organizações que trabalham em prol do aumento da participação feminina nos espaços de decisão nas comunidades. O Brasil teve três representantes — uma delas foi Rita Ramalho, que representou o Estado do Rio de Janeiro, através da Associação Multiplicadoras de Cidadania Flor de Lótus, de Nova Friburgo.
— Em dezembro de 2010, a Articulação de Mulheres Brasileiras me enviou um convite para participar dessa cúpula, que foi realizada de 1° a 10 de março. No evento foram discutidos assuntos como moradia, violência contra a mulher e mudanças climáticas — explica Rita Ramalho.
Ela conta que após tragédia climática que devastou a Região Serrana, em 12 de janeiro, atuou como voluntária da Defesa Civil no Instituto Médico Legal (IML) e acabou se esquecendo da possibilidade de participar do evento.
— No último dia como voluntária recebi a confirmação de que representaria o país nessa cúpula mundial. Corri contra o tempo para tirar o passaporte e consegui visto para viajar. Sem minhas companheiras e sem as amizades não teria conseguido — reconhece.
Rita informa que durante o evento foram discutidas saídas para que as mulheres sejam reconhecidas como atrizes políticas e possam alcançar uma representação do mesmo nível dos homens no que diz respeito às tomadas de decisão.
— Queremos que as estruturas dos partidos políticos e a concentração de financiamento sejam alteradas, de forma a que tais fundos sejam distribuídos e não se concentrem nas mãos de poucos — diz.
Já nos dias 30 e 31 de março e 1° e 2 de abril, Rita e outras duas residentes de Nova Friburgo participaram do Encontro Nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras, em Brasília. A representante do Centro de Referência da Mulher, Sandra de Souza Vieira, e a presidente da Associação de Moradores do Rui Sanglard, Tânia Maria Guimarães, acompanharam Rita no encontro, que discutiu temas como a situação atual do mundo e perspectivas de transformação; os olhares feministas sobre a condição da mulher e a união entre as pessoas.
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