Você é a favor da instalação de detectores de metal nas escolas?

terça-feira, 19 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Amine Silvares

Projetos de lei que propõem a instalação de detectores de metal nos portões de entrada das escolas das redes pública e privada já estão tramitando no Congresso Nacional e na Câmara do Rio. O projeto apresentado à Assembleia Legislativa do Rio foi arquivado há algum tempo. Autoridades, educadores, pais e alunos não formam um consenso em relação à medida. Enquanto uns defendem que a iniciativa garantiria a segurança tanto dos estudantes quanto dos profissionais, outros alegam que não há necessidade de atitudes desse tipo e que os dispositivos não serão suficientes para sanar os problemas de violência, como o bullying, nos colégios. A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas para saber se os friburguenses acham que os detectores são necessários nas escolas.

“Sou a favor. É uma medida que já deveria ter sido tomada há muito tempo. Acho necessárias as iniciativas preventivas. É um problema de segurança pública. Pela violência que existe hoje no Brasil, precisamos de medidas mais drásticas”.

José Sebastião, 36 anos, eletricista, Perissê

“Sou a favor tanto nas escolas públicas, quanto nas particulares. Devido a tudo que está ocorrendo, podemos ver que não temos mais tranquilidade em lugar nenhum. As escolas são alvos fáceis. Acredito que até mesmo pelo comportamento dos alunos, que pode se mostrar violento. É preciso tomar uma atitude um pouco mais firme”.

Jefferson Barros, 27 anos, vendedor, São Geraldo

“Acho que é necessário. É uma atitude que já deveria ter sido tomada há bastante tempo, é melhor do que não fazer nada. Seria muito bom se essa medida fosse aprovada, tanto nas escolas públicas, quanto nas particulares. Se formos analisar, esse caso de Realengo foi pura maldade mesmo. De qualquer maneira, valeria a pena instalar a medida. Essa tragédia poderia ter sido evitada”.

Teresa Grilo, 65 anos, aposentada, Centro

“Eu acho que é uma ideia ótima. Quando você deixa um filho na escola, você vai ficar menos preocupado. Ainda mais depois do que houve em Realengo, a gente fica muito chocado. Quanto mais segurança, melhor. Acho que deveriam sim, instalar detectores de metal nas escolas. Tanto nas públicas, quanto nas privadas. Acho que é uma boa medida”.

Miriam Cortes, 60 anos, comerciante, Centro

“Acho que é preciso colocar nas escolas públicas e nas particulares também. Os alunos podem reagir de forma negativa a certas provocações”.

Maria Célia da Cruz Coelho, 50 anos, lavradora, Sumidouro

“Não sou a favor, pois muitas vezes as crianças não se deixam revistar e isso é um direito delas. Como outras escolas no Rio já mostraram, não houve um retorno no final e os detectores acabaram desativados. Sou contra a instalação tanto nas escolas públicas, quanto nas particulares”.

Renata Lopes, 40 anos, professora, Mury

“Sou a favor da instalação dos detectores de metal, acho necessário. Principalmente por causa das circunstâncias da semana passada, em Realengo. Não tenho mais filhos no colégio, mas acho válido, acho importante”.

Beth Otis, 54 anos, comerciante, Centro

“Não acho necessária essa medida. Não resolve o problema. Assisti a uma entrevista com o Içami Tiba (psiquiatra e escritor de livros sobre educação) e ele ressaltava que até mesmo nos aeroportos, os detectores criam problemas, às vezes por causa de um cinto, de um celular ou tampinha de um produto pessoal. Sou professora e penso que a escola não pode se transformar numa prisão. No entanto, no ponto em que chegamos, as pessoas estão se sentindo muito inseguras, talvez até pelo momento. Mas não acho que resolva o verdadeiro problema”.

Luísa de Souza, 57 anos, professora, Centro

“Seria o ideal para evitar o que aconteceu em Realengo em outros lugares, até mesmo aqui em Nova Friburgo, mesmo não sendo um lugar violento. É melhor prevenir do que deixar acontecer novamente”.

Hannah Oliveira, 23 anos, secretária, Braunes

“Sou a favor porque acho que é uma forma de evitar que os alunos andem armados pelas escolas. Acho que é preciso analisar primeiro, mas a medida tem que atingir a todos. Descobrir se quem entra na escola tem armas é importante. É válida a proposta”.

Marcelo Lima, 40 anos, eletrotécnico, Braunes

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