Eloir Perdigão
Moradores da Rua General Osório, entre os números 33 ao 49, estão de posse de um relatório da Defesa Civil com comentários sobre o deslizamento de terra com risco para um imóvel naquele trecho. O coordenador Roberto Robadey pede para que os moradores não fiquem nos imóveis do trecho mencionado em caso de chuva forte. Por outro lado, Robadey tranquiliza as pessoas que pediram vistorias à Defesa Civil dizendo que 13 engenheiros foram contratados e que dos mais de sete mil pedidos feitos, mais de três mil já foram atendidos.
RUA GENERAL OSÓRIO – O relatório de ocorrência da Defesa Civil para o trecho de números 33 a 49 da Rua General Osório cita que no local houve um extenso deslizamento de talude nos fundos dos prédios do lado ímpar da rua, que provocou não só a queda volumosa de terra, como grandes pedras, vegetação e árvores de grande porte, que devem ser cortadas, conforme autorização já dada por ele. Algumas atingiram a parte superior do prédio de número 39 e ainda lá se encontram.
Quanto às edificações mais próximas do talude, inclusive as que se encontram na via de acesso ao Teleférico e com riscos de novos deslizamentos, foi recomendado pela Defesa Civil que até o fim das chuvas de verão sejam tomadas obrigatoriamente a providência – a fim de evitar sério risco de vida durante pancadas de chuvas fortes – de que os moradores dos apartamentos dos fundos se afastem ou até desocupem os imóveis, até que o tempo melhore, pois há perigo potencial de novas quedas de terra e lama, pedras grandes e árvores de porte, mesmo após as chuvas terminarem. Em caso de chuvas duradouras, ninguém deve dormir nos apartamentos dos fundos, devendo zelar por seus familiares.
De acordo com Roberto Robadey, esta é uma das 430 barreiras caídas em Nova Friburgo, das quais 251 estão em estudo para alguma intervenção. Ele clama por paciência das pessoas, pois a Defesa Civil está tentando resolver todos os problemas, principalmente os coletivos – como neste caso – para que seja buscada uma solução que, no entanto, envolve tempo e dinheiro. Enquanto isso, no caso de chuva mais intensa, como está na recomendação do relatório, que os moradores não se arrisquem, principalmente na parte dos fundos dos prédios.
ATENDIMENTO DOS PEDIDOS DE VISTORIA - A fila para pedidos de vistorias na sede da Defesa Civil tem sido grande diariamente. São mais de sete mil pedidos e algumas pessoas atingidas pela catástrofe de janeiro chegam a se desesperar, porque sem o laudo da Defesa Civil têm problemas para conseguir o aluguel social. O desespero dessas pessoas angustia quem presencia tal fato. Algumas sugestões têm chegado à redação do jornal, como a de pedido de ajuda da Defesa Civil de outras cidades. No entanto, Roberto Robadey afirma que não há necessidade de pedir ajuda a outros municípios. A ajuda, segundo ele, já chegou, com a contratação de 13 engenheiros. O reflexo dessa ajuda é que das 7.520 vistorias pedidas já foram atendidas mais de três mil.
De acordo com Robadey, a burocracia que envolve a liberação do aluguel social já está sendo superada. “Não estão deixando de receber o aluguel social por causa disso”, afirma. Segundo o coordenador da Defesa Civil, dentro de 20 dias todos os relatórios demandados deverão estar prontos. “É só uma questão de tempo, já que o desastre – é bom que as pessoas não esqueçam – foi o oitavo maior dessa natureza na história da humanidade”.
ALÍVIO COM PREVISÃO DE CHUVAS FRACAS – A nebulosidade do tempo e as chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro têm deixado as pessoas muito preocupadas. Quando a chuva pode ser de intensidade forte, como havia previsão para esta semana, a preocupação aumenta, fazendo com que as pessoas acompanhem a previsão e até entrem em contato com a Defesa Civil para averiguar o grau de vulnerabilidade e os riscos de cada região.
No entanto, Roberto Robadey tranquiliza a população dizendo que o jornal chegaria às mãos dos leitores nesta quarta-feira com boas notícias. “A partir desta quarta-feira nós vamos ter chuvas bem mais tranquilas, como ficamos nesses 20 dias. A gente espera passar mais uns 20 dias nessa bonança”, finaliza.
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