A sede da Associação Comercial ficou lotada na manhã da última quarta-feira, 16, para a visita do superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego, Antonio Albuquerque e representantes de instituições financeiras a convite da entidade. O encontro reuniu empresários, empreendedores, profissionais liberais, sindicatos, representantes de diversas entidades, autoridades e convidados, entre eles: o gerente do Ministério do Trabalho em Nova Friburgo, Carlos Jefferson Lima; o gerente geral da Caixa Econômica Federal, Marcos Lutterback; o gerente geral do Banco do Brasil, Carlos Alberto Fanelli; a gerente de negócios do Banco do Nordeste, Lana Oliveira; a gerente regional do Sebrae/RJ, Fernanda Gripp; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário de Nova Friburgo e região, Jano Alves; o superintendente da Energisa, Amaury Damiance; o presidente do Nova Friburgo Região Convention & Visitors Bureau, Devanildo Silva e o presidente da Acianf, Claudio Verbicário.
O presidente da Acianf convidou o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego para abrir a reunião. Antonio Albuquerque agradeceu a presença de todos e destacou a importância do encontro. Em seguida cada instituição fez uma breve apresentação.
De acordo com Fernanda Gripp, o Sebrae/RJ está atuando junto aos bancos para viabilizar empréstimos para as empresas formalizadas há menos de um ano. Além disso, a gerente explicou o que é um “empreendedor individual” e informou que a regulamentação e legalização estão sendo feitas de forma simples e rápida.
Já o gerente do Ministério do Trabalho em Nova Friburgo aproveitou a ocasião para fazer um apelo às entidades financeiras para que se eliminem alguns obstáculos, aparentemente simples, tornando as linhas de crédito mais acessíveis. Carlos Jefferson discorreu sobre a Bolsa Qualificação, um das modalidades do seguro desemprego, que apoiará trabalhadores e empresas da região. De acordo com o portal do Ministério – www.portal.mte.gov.br – o programa de qualificação profissional beneficiará 12 mil pessoas nos municípios atingidos pelas chuvas de janeiro. Na ocasião, ele ainda explicou que o Bolsa Qualificação prevê convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado para sua concessão. “As entidades patronais poderiam identificar as empresas que realmente precisam do benefício e, a partir daí, elaborar acordos coletivos e procurar os sindicatos”, concluiu Carlos Jefferson. O presidente da Associação Comercial complementou afirmando que as empresas que conseguissem o Bolsa Qualificação deveriam incentivar os funcionários a se sindicalizar.
Em seguida, os gerentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal ouviram as reais necessidades e maiores dificuldades encontradas pelos empresários, pelos profissionais liberais e trabalhadores informais e esclareceram dúvidas sobre a documentação para liberação de crédito e destacaram alguns pontos relevantes.
Segundo o gerente do Banco do Brasil, Carlos Alberto Fanelli, a ansiedade do banco para liberação do crédito se assemelha às das empresas. “O banco já está quebrando alguns tabus dentro da instituição para flexibilizar as operações. Esta linha de crédito do BNDES é já diferente da utilizada em Pernambuco e Alagoas e foi adaptada para a região serrana, daí a dificuldade de operacionalização. Isto posto, a velocidade aumentou”, afirmou Fanelli, ainda informando que 25 operações no programa (PER/BNDES) foram liberadas, 60 operações estão aprovadas pelo BNDES e aguardando liberação, 150 operações estão sendo avaliadas pelo BNDES e 615 estão sendo analisadas pelo Banco do Brasil.
Já o gerente da Caixa Econômica, Marcos Lutterback, expôs algumas situações que impedem o empréstimo e afirmou que o banco está se empenhando para achar soluções e ajudar na reconstrução de Nova Friburgo. De acordo com Lutterback, a Caixa Econômica já possui 473 projetos (PER/BNDES), sendo 103 aprovados, 5 operações protocoladas, mas, até o momento, nenhuma foi liberada.
A reunião foi aberta para perguntas e respostas e ao final do encontro, Antonio Albuquerque afirmou que “enquanto houver diálogo, há combinação”. Por último dirigiu a palavra aos trabalhadores menos favorecidos que “nunca foram tão olhados como nesse governo trabalhista”.
O próximo encontro ficou agendado para o dia 26 de fevereiro, ocasião em que o Ministro Carlos Lupi estará presente para avaliar as ações, o desempenho e os resultados junto às instituições envolvidas no processo.
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