DURANTE os dias mais críticos após a tragédia de 12 de janeiro o cidadão friburguense foi privado, também, de comunicação com qualquer parte do planeta. O mundo inteiro assistiu estarrecido o que se passava na região serrana do Rio e as vítimas, os cidadãos, não conseguiam sequer uma ligação telefônica para informar como estavam. Ficamos surdos e mudos e ainda hoje nos ressentimos de uma plena normalidade do serviço.
O ACESSO ao crédito, e as enormes condições de pagamento impulsionaram o comércio de eletrônicos a ponto de se transformar em verdadeira febre de consumo largamente difundido por todas as idades, em todas as escalas sociais. Responder a essa procura com equipamentos de qualidade e uma boa prestação de serviços, porém, ainda é um grande desafio.
EXEMPLO marcante dessa dificuldade é a ausência de telecomunicações na área rural friburguense. No campo, ninguém fala, poucos vêem e quase ninguém se informa. A facilidade não chegou ao meio rural, dificultando, prejudicando e mesmo inviabilizando negócios por conta dessa exclusão. Sem Internet, TV a cabo e telefonia celular, a área rural vive isolada.
OS PEDIDOS de instalação de serviços e equipamentos para a área rural friburguense não são novos. Desde a terceirização dos serviços de telecomunicações no país, na era FHC, o serviço vem sendo solicitado e nada acontece. Nem mesmo as forças políticas lograram êxito pleiteando junto a governos e autoridades.
NOVA FRIBURGO se esforça para ser conhecida por suas virtudes naturais, seu forte comércio, turismo e cultura. Porém, tudo isso fica prejudicado quando se constata a ausência de serviços indispensáveis e as comunicações, infelizmente, não atingem a todos no município. Existe ainda uma grande concentração de pessoas excluídas dos avanços tecnológicos da atualidade.
PARA UMA cidade com um bom perfil educacional, suas universidades públicas e centros de formação técnica, e pela dimensão econômica no interior fluminense, já é tempo de se promover a inclusão necessária de todos, oferecendo as adequadas condições para tal. Mais que projetos mirabolantes, a simples instalação de equipamentos, uma antena, ou alguns quilômetros de fio poderiam tornar possível um sonho de milhares de friburguenses. Por que não fazer agora, na hora da reconstrução?
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