Um mês depois, marcas da tragédia permanecem visíveis em vários pontos de Nova Friburgo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Um mês depois, marcas da tragédia permanecem visíveis em vários pontos de Nova Friburgo
Um mês depois, marcas da tragédia permanecem visíveis em vários pontos de Nova Friburgo

Flávia Namen

O maior desastre ambiental do Brasil está completando um mês neste sábado, 12, mas continua presente na memória e no dia a dia dos moradores de Nova Friburgo. Vários pontos da cidade foram devastados pelo temporal de janeiro, que provocou mais de 400 mortes e, segundo dados extraoficiais, deixou dezenas de desaparecidos e milhares de famílias desabrigadas e desalojadas.

Apesar do esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal, as marcas da tragédia permanecem em vários pontos da cidade. A outrora turística Praça do Suspiro, por exemplo, foi devastada pela enxurrada e a avalanche de terra que desceu do morro do Teleférico. Nem a histórica capela de Santo Antônio resistiu à intempérie e foi praticamente destruída.

Outros locais do centro da cidade, como parte da Rua Cristina Ziede e o final da Rua Augusto Spinelli, se transformaram num amontoado de terra e escombros. O trecho, que deveria estar isolado e fiscalizado pela Defesa Civil, se tornou um local de visitação de curiosos, que querem conferir de perto o cenário onde três bombeiros morreram e parte de um edifício desabou, além de várias casas.

Nos bairros e distritos mais afastados, como Campo do Coelho, Conselheiro Paulino, Córrego Dantas, Rui Sanglard, Lazareto, São Geraldo e Alto do Floresta, só para citar alguns, o panorama também é desolador. São barreiras impedindo a passagem, destroços de casas e muita sujeira e poeira por todo o lado. Panorama semelhante pode ser visto nas imediações do Centro, como na Vila Amélia, Vilage e em Duas Pedras.

Em meio a tanta destruição e tristeza, o povo friburguense dá mostras de superação e vem unindo forças para reconstruir a cidade e resgatar a autoestima dos friburguenses. Prova disso são as diversas faixas espalhadas pelo comércio local com mensagens de estímulo e esperança. Muitos cidadãos também aderiram à ideia e aproveitaram o vidro traseiro dos carros para afixarem adesivos com mensagens que incentivam a população a reagir. Confira alguns registros fotográficos de como está o município, trinta dias após a catástrofe.

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