Todos juntos por uma Nova Friburgo

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Já fazem 15 dias desde a madrugada do dia 12/1 e ainda são encontrados corpos em alguns pontos da cidade, que hoje encontra-se coberta por uma poeira que muito incomoda aos que tentam recuperar cada área afetada.

Foram muitas as vezes que escutei algumas pessoas dizerem que Nova Friburgo acabou, mas isto é mentira, a cidade está se recuperando graças, sobretudo, à força de vontade de todos aqueles que estão trabalhando por isso, voluntários ou não.

Eu e alguns amigos continuamos ajudando nos abrigos montados em alguns pontos, onde se encontram desabrigados, entre eles, muitas crianças, inclusive algumas que se tornaram órfãs depois do desastre natural.

Diante da situação que nosso povo tem vivido, em meio à tanta tristeza, tudo que pode ser feito é retirar forças de onde não imaginamos que existiam e continuar a trabalhar, para que a marcha do tempo faça com que essa parte triste de nossa história torne-se sinônimo de superação.

Para ajudar a descontrair as crianças de alguns dos abrigos e para incentivar e reconhecer o valor do trabalho voluntário, escrevi uma história infantil, que agora encaminho a vocês e peço para que possam repassar aos que estão ajudando a reconstruir Nova Friburgo e as demais cidades afetadas.

Mais do que um simples fim de texto, a moral desta historinha é uma lição de vida que estamos vivenciando nas cidades afetadas.

Espero que gostem e repassem a seus amigos.

Um forte abraço.

OBS.: A mãe natureza não se vinga de seus filhos. Como toda mãe, ela os ensina a viver.

Maycon Saviole

Biólogo/Educador Ambiental

As Sobrinhas de Tia Juju

Dona Julia tinha três sobrinhas muito arteiras, uma se chamava Dari, ela era ruivinha, tinha olhos azuis como o céu sem nuvens; outra se chamava Dade, era loirinha, seus cabelos eram como os raios do sol, e também tinha a Soli, que era a mais arteira de todas, tinha o cabelo e olhos castanhos. Juntas elas faziam a festa na casa da titia Juju.

Um dia, tia Julia dormiu no sofá vendo sua novela predileta. As três, Dari, Dade e Soli, aproveitaram que titia Juju estava dormindo e resolveram brincar de chazinho.

Dari pegou um lençol da cama de seu quarto e estendeu no gramado do jardim. Dade pegou xícaras, e Soli pegou suco de laranja que estava na geladeira.

As três brincavam, quando Dari sentiu fome. Ela foi à cozinha da titia Juju e não encontrou nada para comer. Depois, olhando para cima do armário, ela viu um pote cheio de biscoitos de manteiga, que sua tia fez especialmente para elas.

O pote estava muito alto e ela percebeu que nenhuma das três conseguiria pegar os deliciosos biscoitos sozinhas.

Dari voltou até suas priminhas e pediu a ajuda delas, que logo vieram ajudar.

Soli, a mais sapeca, tentou subir no armário, mas quase caiu.

Dade pensou em pedir a sua tia, mas ela estava dormindo tão tranquila e por isso não quis acordá-la.

Dari, então, teve uma ideia: tentou puxar uma cadeira para perto do armário, mas a cadeira era muita pesada.

Dade e Soli, então, logo vieram ajudá-la. As três empurraram a cadeira até perto do armário.

Dari subiu na cadeira, Dade segurou a cadeira para ela não balançar, Soli indicava para Dari quando as mãozinhas dela estavam perto do pote, já que Dari não conseguia vê-lo.

De repente, o pote de biscoito caiu.

Mas Soli o pegou antes de cair no chão.

Dade e Dari se assustaram, mas quando viram que Soli havia pegado o pote, começaram a rir.

Elas foram para o Jardim e continuaram a brincar de chazinho, bebendo suco de laranja, comendo biscoitos e rindo das formiguinhas do gramado, que buscavam as migalhas de biscoitos que elas deixavam cair.

Moral da estória: Juntas, Soli, Dari e Dade podem fazer quaisquer coisas.

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