Amine Silvares
O 4º Festival Internacional de Cinema Socioambiental de Nova Friburgo (Fricine), que começou no último dia 6, termina neste domingo, 12. O festival reúne mais de 140 produções de 36 países, dentre os filmes exibidos, Quem me dera desejar, de Vitória Nicolau e Mariana Oliveira, que concorre na categoria Competitiva Regional.
As produtoras do curta ainda nem terminaram o ensino médio. Vitória tem 16 anos; Mariana, 15. Elas se conheceram no colégio e a produção do filme aconteceu há um ano, ideia de um amigo da escola.
“A gente ficou sabendo através de um amigo nosso que quer fazer cinema. Ele comentou, mas acabou desistindo. Então, nós decidimos fazer, já que estávamos de férias”, conta Vitória.
O curta-metragem tem cinco minutos e fala sobre os sonhos e valores da sociedade e sobre a mudança de comportamento e pensamento para alcançar seus objetivos. Não é a primeira vez que as jovens se arriscaram pelo mundo do cinema. “A gente sempre faz esses filmes, mas sempre de brincadeira”, diz Mariana. Apesar das pequenas produções, nenhuma das duas sabe se deseja seguir a carreira como cineasta.
Nem tudo aconteceu como planejado. A princípio, havia um roteiro e o curta seria uma obra de ficção. Mas como todos os escalados acabaram desistindo, elas transformaram a história em um documentário. As filmagens duraram um dia, assim como a edição. Tudo feito com uma pequena câmera e o computador caseiro. Para dar os relatos, elas contaram com a participação de familiares, amigos e vizinhos. É o verdadeiro espírito do “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, como preconizava cineasta brasileiro Glauber Rocha.
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