A professora Lúcia Raminelli, da Faculdade de Filosofia Santa Doroteia (FFSD), foi uma das cinco vencedoras da categoria literatura, do concurso Talentos da Maturidade – Prêmio Nacional de Literatura, patrocinado pelo antigo Banco Real, atual Santander. Lúcia enviou o conto Ditos e Feitos ainda no primeiro semestre, juntamente com uma fotografia, outra modalidade, mas sem classificação. O concurso já é desenvolvido há 12 anos e a professora friburguense participou pela segunda vez. Ao todo foram 11.800 trabalhos recebidos pela organização do concurso e Lúcia foi a única classificada do Estado do Rio.
O fato de Lúcia não ter conseguido classificação no ano passado não a desestimulou. Muito pelo contrário: este ano ela enviou seu trabalho novamente e desta vez logrou êxito. “Talvez o júri tenha sido mais benevolente (risos) e consegui esse prêmio, que me deu muita alegria”, diz, satisfeita com o resultado.
Lúcia comenta que volta e meia participa de um concurso, inclusive de poesias, que ela gosta muito, o que lhe tem rendido publicações diversas e menções honrosas. O conto Ditos e Feitos, segundo a autora, leva bem a sério a expressão ‘vá se queixar ao bispo’. Fala de uma senhora, muito religiosa, que fica sabendo que a filha e o padre da cidadezinha estão muito interessados um no outro. Ela, então, leva a sério o ditado e realmente vai se queixar ao bispo. O conto narra desde o momento em que ela entra na casa do bispo, até o final que acontece com o casal.
Lúcia apresentou o conto em três páginas e meia, por e-mail. Aliás, o concurso foi todo feito via internet. Já era conhecido de Lúcia, mas ela só participou pela primeira vez no ano passado, por só contemplar maiores de 60 anos. Por isso chama-se Talentos da Maturidade. O fato de o concurso ser em nível nacional não intimidou a professora. E sua classificação a deixou muito feliz. A princípio, quando recebeu a ligação, ela ficou desconfiada e não estava acreditando, até pensou se tratar de trote. Quando percebeu que era verdade, o coração bateu forte. “Foi um teste para o coração, fiquei muito contente, e é bom pra gente que gosta de escrever. Quando alguém de fora, que não te conhece, te dá o prêmio, tem mais valor. Porque os amigos são muito bonzinhos e sempre acham que está ótimo (risos)”, comenta.
A primeira a saber do êxito de Lúcia foi a irmã Celma Calvão, diretora da FFSD, sua ex-professora, que sempre a incentivou na questão da leitura, além de sempre ter lido o que Lúcia escreve. Coincidentemente, Ditos e Feitos a irmã Celma não havia lido. Depois a professora contou para o colega de faculdade, João Raimundo, também seu leitor. E assim foi contando para o marido, filhos e demais amigos, que compartilharam com ela a alegria do prêmio.
O resultado completo do concurso Talentos da Maturidade – Prêmio Nacional de Literatura deve ser divulgado esta semana.
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