Secretário municipal de Turismo fala sobre calendário de eventos

sexta-feira, 19 de novembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Secretário municipal de Turismo fala sobre calendário de eventos
Secretário municipal de Turismo fala sobre calendário de eventos

Amine Silvares

Com a licença médica do prefeito Heródoto Bento de Mello, o prefeito em exercício, Dermeval Barboza Moreira Neto, nomeou novos secretários em diversas áreas da municipalidade. Uma das que recebeu maior destaque foi a Secretaria Municipal de Turismo, que agora tem à frente o empresário José Carlos Motta. Em entrevista para A VOZ DA SERRA, o novo secretário conta o que precisa ser feito para projetar Nova Friburgo como destino turístico no cenário nacional.

A VOZ DA SERRA - Quais os principais problemas enfrentados por quem vive de turismo em Nova Friburgo?

JOSÉ CARLOS MOTTA - A cidade já melhorou muito. Temos um parque hoteleiro grande, centros gastronômicos bem desenvolvidos. Mas a cidade carece de um centro de convenções, um calendário de eventos que atraia um público diferenciado. Ou seja, Nova Friburgo precisa se reestruturar. Os grandes hotéis precisam vir para o município, mas só virão se tivermos um centro de convenções.

AVS - A cidade já teve um calendário oficial que não chegou a ser implantado. Como isso será abordado neste governo?

JOSÉ CARLOS - Junto com as parcerias que estão surgindo, pretendemos reeditar algumas festas que foram sucesso de público no passado, que a comunidade quer ter de volta, além de novas festividades. Nosso projeto é que, em 2012, Nova Friburgo tenha pelo menos um evento de porte médio ou grande por mês.

AVS - E o que falta para o centro de convenções ser construído?

JOSÉ CARLOS - Esse projeto já foi encaminhado. Acredito que com os novos governos que se iniciam no estado e em Brasília vamos pleitear novamente para que o processo seja acelerado, para conseguirmos a implantação desse centro de convenções, no local que for escolhido.

AVS - A falta da estrada do contorno atrapalha o turismo em Nova Friburgo?

JOSÉ CARLOS - Com certeza. O tráfego de caminhões pelo centro da cidade atrapalha muito. A estrada do contorno vai aliviar muito esse trafego de caminhões e ônibus, que não têm como destino Nova Friburgo. O destino são outras cidades do Centro-Norte fluminense, e passam por aqui para chegar ao seu fim, ou seja, a população sofre e o trânsito de Nova Friburgo, que já é caótico, sofre. Com certeza seria uma solução muito boa.

AVS - Quais ações o governo municipal pretende realizar para ampliar o polo de turismo friburguense?

JOSÉ CARLOS - O governo municipal depende da verba federal e estadual para tomar qualquer iniciativa. Por exemplo, sinalização. Precisamos fazer parcerias com o governo federal, através do Ministério do Turismo, para implantar a sinalização. Nós já temos projetos apresentados para a reforma do Centro de Turismo, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, entre outras iniciativas. Também fazemos parcerias com o Sebrae para treinamento da mão de obra, aperfeiçoamento da força de trabalho. Agora, com a Copa do Mundo, temos incentivos vindos de bancos federais, dinheiro que virá para reformas e treinamento de pessoal. A cidade pode se beneficiar com este evento, pois temos uma infraestrutura hoteleira muito grande. A proximidade do Rio de Janeiro também ajuda. Considerando que se você sair da Barra da Tijuca e ir para o centro da cidade, o trajeto demora mais de uma hora para ser percorrido, e Nova Friburgo se torna uma opção viável, por ter uma proximidade relativa. A construção de um hotel para receber uma delegação é factível.

AVS - E em relação à legislação de incentivo ao turismo na cidade, o que pode ser complementado?

JOSÉ CARLOS - Temos aqui o Convention Bureau, o Conselho Municipal de Turismo, o Sebrae. Todas estas instituições são parceiras da Prefeitura e da Secretaria de Turismo para o desenvolvimento do potencial humano, para trabalhar nos hotéis, nos restaurantes, além de outras organizações que formam profissionais na área de turismo. Se você não sabe atender, o visitante não volta. Por isso estamos sempre pensando em parcerias. Precisamos da iniciativa privada e estamos dispostos a fazer essas sociedades com todos os segmentos para atrair investimentos.

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