No próximo dia 15, os brasileiros comemorarão 121 anos da Proclamação da República. Mas você sabe exatamente o que este acontecimento significou para a história do Brasil e como ele ocorreu? Constatando a difícil situação política que o país atravessava na época, o governo imperial apresentou à Câmara Geral (hoje equivalente à Câmara dos Deputados) um programa de reformas políticas. Nele era proposto, por exemplo, maior autonomia administrativa para as províncias e liberdade de voto. Como a maioria dos deputados possuíam uma tendência conservadora, o projeto foi vetado.
Ao mesmo tempo, havia um amplo desejo popular de se estabelecer um regime político que, ao menos, amenizasse os problemas enfrentados por grande parte da sociedade. A classe média estava crescendo nos grandes centros urbanos e buscava maior liberdade e participação nos assuntos políticos do país. A classe, identificada com os ideais republicanos, começou a apoiar o fim do império. Além disso, o rei d. Pedro II não possuía filhos homens, apenas mulheres. Desta forma, após sua morte, o trono seria ocupado pela princesa Isabel, sua filha mais velha, que era casada com um francês. Grande parte da população tinha receio de que o país fosse governado por um estrangeiro.
Foi então que, no dia 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca, apoiado pelos republicanos, deu um golpe de estado, sem uso de violência, e demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Desta forma, a monarquia do Império do Brasil foi derrubada e a soberania de d. Pedro II chegou ao fim.
A Proclamação da República aconteceu no Rio de Janeiro (então capital do Império), na Praça da Aclamação (hoje Praça da República). Foi instituído um governo provisório, que tinha o Marechal Deodoro da Fonseca como presidente e o Marechal Floriano Peixoto como vice.
Curiosamente, os brasileiros tiveram por duas vezes a possibilidade de optar pela implantação de outro sistema de governo. Em 1963, o então vice-presidente, João Goulart, impedido de assumir o governo após a renúncia de Jânio Quadros, propôs uma votação para que se decidisse qual sistema vigoraria no Brasil. O presidencialismo foi vitorioso. Já em abril de 1993 os eleitores participaram de um novo plebiscito e, mais uma vez, foi decidido que o sistema não seria alterado e o Brasil continuaria sendo uma república presidencialista.
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