Editorial - Somente o beabá - 6 a 8 de novembro.

segunda-feira, 08 de novembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

EMBORA o governo brasileiro tenha contestado os índices de desenvolvimento humano, principalmente a educação, que não evoluiu muito de acordo com as pesquisas da ONU realizada em 172 países, no conhecido IDH, a educação no Brasil está muito atrás dos países que investiram na educação. Prova disso é a preocupação da presidente eleita Dilma Rousseff em eleger este assunto como prioritário em seu governo.

EM NOVA FRIBURGO, uma das promessas do prefeito Heródoto era a educação e durante sua campanha eleitoral estava imaginando uma mudança radical no ensino friburguense, com fim da reprovação automática e a criação de turno único para os alunos da rede pública. O prefeito mostrava-se indignado com ao reduzido número de horas que a criança passava na escola, propondo o que havia sido testado com sucesso no governo Leonel Brizola.

O DESAFIO para atingir as metas propostas permanece inalterado dois anos após a sua posse. O governo tem limitações financeiras para concretizar este sonho e, além disso, precisará construir novas escolas que comportem a presença permanente do aluno, com toda a infraestrutura. Hoje, infelizmente, ainda existem escolas com três turnos, o que evidencia a falta de preparo de alunos para a formação escolar exigida no mercado de trabalho e o conseqüente convívio social.

A NOMEAÇÃO da professora Ledir Porto para a pasta da Educação no início de seu governo mostrou uma disposição do prefeito em promover as mudanças necessárias e, em parceria com o governo estadual, poderá avançar na qualificação do aluno friburguense, oferecendo uma jornada de aprendizado mais completa. Imaginava, com razão, que o cumprimento do que foi prometido iria, certamente, melhorar o nível de ensino em todos os sentidos. Ficamos só na promessa.

APRIMORAR o quadro de professores também é outro desafio para responder a esta exigência. Quase sempre recebendo salários irrisórios, além de enfrentar toda a sorte de dificuldades estruturais, de aprendizado e especialização, além de material, o professor não poderá ficar ausente da discussão, oferecendo novos caminhos para a sua qualificação e consequente valorização.

AS MEDIDAS propostas na época continuam válidas e bem-vindas, principalmente quando o assunto é prioritário como a educação. Assim como a saúde, o ensino friburguense depende de investimentos para a sua melhoria e a obtenção de recursos vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas. O aluno friburguense quer a melhoria do ensino que lhe é oferecido e esta expectativa, infelizmente, ainda não pode ser atendida, comprometendo o futuro de milhares de jovens cidadãos num país carente de qualificação profissional.

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