Editorial - Elas em ação - 5 de novembro.

sexta-feira, 05 de novembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

AGORA, e por quatro anos, o país vai ouvir uma voz feminina comandando a Nação. Uma conquista expressiva não comparada a nenhuma outra no cenário político brasileiro, nem à vitória do presidente Lula, em 2002, obtida, por sinal, com o imprescindível apoio do voto feminino. A vitória revolucionou o comando brasileiro acostumado à política machista que, infelizmente, ainda predomina. O efeito Dilma vai começar.

CERCA DE dez mil donas de casa concorreram nas últimas eleições municipais de 2008. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informam que elas disputaram cargos de vereadora, vice-prefeita e prefeita. Um avanço significativo, porém aquém da participação feminina na sociedade, expressa pela quase maioria da população brasileira. Os dados do Censo 2010 poderão dizer adiante.

NOVA FRIBURGO, com uma população predominantemente feminina, participa modestamente do processo político. Poucas mulheres decidiram participar da vida pública e, agora, quando o país passará a ser governado por uma, o interesse poderá ser despertado. O município foi governado por oito anos pela médica Saudade Braga e, mesmo assim, não conseguiu aumentar a sua participação nos partidos como candidatas.

A PRESENÇA das mulheres na campanha eleitoral, com Dilma e Marina, pode ser vista como um estímulo a uma maior participação, da qual elas não tiveram vez ao longo dos anos. A educação política foi privilégio dos homens e reverter este quadro com maior participação leva tempo, mas a vitória da primeira presidenta para governar o país mostra que a porta da política está aberta a elas.

A SENSÍVEL percepção feminina pode em muito ajudar para o desenvolvimento das cidades, discutindo temas que são de interesse de toda a sociedade. Desde a violência contra a mulher à saúde, educação, segurança e emprego. Os problemas são os mesmos também em Nova Friburgo. As dificuldades são as mesmas para homens e mulheres e os sonhos são os mesmos.

EQUACIONAR esta relação, através de uma maior participação feminina é o que deveria acontecer, para termos uma representatividade compartilhada com todos os interesses. Quem sabe Dilma Rousseff não dá início a este movimento?

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