Um entrosamento nem sempre perfeito entre as árvores e as calçadas da cidade

quarta-feira, 03 de novembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A arborização urbana é sempre aplaudida e almejada por todos. As cidades arborizadas são sempre elogiadas como detentoras de boa qualidade de vida. Porém, há espécies adequadas para cada rua, até porque há quem esteja com problemas devido aos estragos provocados por raízes, como calçadas danificadas. As árvores mais antigas são as que acabam provocando mais estragos nas calçadas, justamente em função do desenvolvimento de suas raízes.

Além do perigo das pessoas tropeçarem, as raízes de certas árvores acabam arrebentando calçadas, muros e tubulações. O problema é antigo e as soluções não são tão simples. Há até amizades arranhadas ou desfeitas entre vizinhos por causa de árvores e suas raízes. O problema afeta também as concessionárias de água e esgoto e, principalmente, de energia elétrica, que muitas vezes não encontram outra alternativa a não ser cortar a árvore, a fim de que não prejudique a rede elétrica e interrompa o fornecimento, o que frequentemente acontece.

Exemplos existem por toda a cidade, nos bairros e distritos. Algumas vezes exigem providências de moradores em suas casas, ou até mesmo movimentam um condomínio inteiro. São tubulações de água, manilhas de esgoto, portarias. O que é pior: às vezes resulta em contas que ‘doem no bolso’.

Este assunto já foi abordado por mais de uma vez neste jornal, inclusive em editoriais. Há de se lembrar que pessoas de todas as idades sofrem com este tipo de problema, mas é evidente que o pessoal da terceira idade paga uma conta maior. As consequências para os que estão nesta fase da vida são sempre mais dolorosas.

O setor competente da Prefeitura precisa agir, providenciar o que lhe cabe ou intimar os proprietários dos imóveis para que façam os reparos necessários. E que se faça uma conscientização geral para que, antes de plantar alguma árvore, que a Prefeitura seja consultada sobre a espécie certa para cada lugar.

Em Nova Friburgo prevaleceu durante muito tempo nas ruas da cidade os exemplares da espécie extremosa, que enfeitavam as ruas, notadamente as centrais, com seus tuchos de flores, nas cores rosa e branca. Infelizmente o vandalismo ceifou muitas dessas árvores, outras estão quebradas, em situação lamentável, e também foram simplesmente retiradas pelos motivos mais diversos, como obras nas calçadas.

Para complicar ainda mais, o setor competente do governo municipal, apesar da manutenção de um horto no Vale dos Pinheiros, há muito não faz a renovação das árvores no centro da cidade. A beleza das extremosas floridas nas ruas centrais não é mais observada. Outros exemplares estão cobertos por erva de passarinho, ou estão grandes demais, até mesmo ameaçando imóveis, como um caso nas Casas Populares, publicado recentemente neste jornal.

É preciso que Nova Friburgo recupere e cuide mais das árvores já existentes, e que novos exemplares sejam plantados, observando-se as espécies cabíveis em cada lugar. A população, com certeza, há de agradecer.

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