Flávia Namen
O bairro Catarcione é um dos mais tradicionais de Nova Friburgo, estando situado a cerca de três quilômetros do centro da cidade. Um dos pontos de referência do bairro é o bloco de enredo Bola Branca, que há anos vem animando o carnaval friburguense. Apesar da tranquilidade e da facilidade de acesso ao comércio e serviços, o Catarcione tem alguns problemas que prejudicam o dia a dia dos moradores. É o que constatou a equipe de A VOZ DA SERRA em recente visita ao bairro.
Uma das principais queixas refere-se à sujeira que toma conta das ruas. Em vários pontos há lixo espalhado, restos de obras e entulhos, que conferem um aspecto de abandono ao Catarcione. “As ruas estão imundas e precisamos de mais caçambas para depositar o lixo e evitar que ele fique jogado. Já cansamos de reclamar na Prefeitura e não adianta nada”, diz a moradora Maria Madalena Rodrigues Campos, nascida e criada no bairro.
A pavimentação precária das ruas, que estão com buracos e depressões nas pistas, são outros alvos de queixas da comunidade, que também reivindica o asfaltamento do final da Rua Manoel Alexandre de Moura. “A falta de calçamento naquele trecho traz uma série de transtornos no período de chuvas, porque desce muita pedra e lama pelas ruas do bairro”, disse um morador, que preferiu não se identificar. Ele reclamou ainda da má conservação dos bueiros, como o que está quebrado logo na entrada do bairro, e da falta de placas de identificação das ruas, o que dificulta quem não conhece a localidade.
Saúde e lazer são duas grandes reivindicações
A falta de um posto de saúde no Catarcione é outro problema que prejudica a comunidade. “Temos que nos deslocar até o posto do Suspiro ou ao Hospital Raul Sertã para sermos atendidos”, diz o aposentado Antônio Horácio da Costa, que há 40 anos reside no bairro. Ele engrossa o coro de outros moradores, que há muito tempo reivindicam a instalação de uma unidade de saúde no prédio onde atualmente há um hospital desativado. “Temos muitos idosos no bairro e acho que poderiam fazer uma clínica, um posto ou mesmo um hospital naquela área, que está fechada há muitos anos. O caseiro que cuidava do prédio morreu há pouco tempo e estamos preocupados com o abandono do local”, diz Alzenir Emerick, que há 30 anos mora no Catarcione.
O lazer é outro ponto que necessita de mais atenção do poder público. A praça principal do bairro está com as calçadas esburacadas e o parquinho infantil em estado precário, com brinquedos quebrados e deteriorados pela ação do tempo. A sujeira da areia que cobre o chão completa a série de riscos que o espaço oferece à garotada. Prova disso é que não havia nenhuma criança brincando no local, que parece abandonado.
Lixão a céu aberto e galeria antiga
Na parte alta do Catarcione, a equipe de reportagem também constatou problemas que preocupam a comunidade. Um deles é a existência de um lixão a céu aberto, que representa um risco à saúde pública. Há alguns anos a área havia sido limpa e cercada, mas voltou a ser utilizada como depósito de lixo e entulhos. “É preciso limpar e cercar novamente aquele trecho”, disse uma moradora.
Outro problema na parte alta do bairro é a antiga galeria de águas pluviais, que ainda é aberta, atraindo muitos ratos e insetos, além de contribuir para o alagamento das ruas no período de chuvas. “Aquela galeria precisa ser fechada. Além dos ratos, sofremos com as enchentes durante o verão. Os alagamentos são constantes e atingem até a escola estadual. Estamos esquecidos e o bairro está bem largado”, desabafa o aposentado Antônio da Costa.
Queixas já foram encaminhadas às respectivas secretarias
As reclamações dos moradores foram encaminhadas via e-mail à Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura. Segundo nota da assessoria, as queixas e reivindicações já foram repassadas às respectivas secretarias, cujas equipes se comprometeram em se empenhar para atender às demandas da comunidade o mais rápido possível.
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