Sufoco no tráfico: maconha, dinheiro
e armas são apreendidos no Califórnia
Dois jovens foram presos. Revólveres estavam escondidos em forro de banheiro e caixa de descarga
A equipe de agentes do serviço de inteligência (P2) do 11º BPM prendeu em flagrante na tarde de quinta-feira, 21, no Jardim Califórnia, distrito de Conselheiro Paulino, o costureiro Josiano Almeida Porto dos Santos, o Lerdão, e Luan Victor Silva do Nascimento, ambos de 20 anos. Lerdão já vinha sendo investigado pela P2 a partir de denúncias dando conta de que ele era um dos responsáveis pela venda de drogas no bairro e também ‘armeiro’ (fornecedor de armas) do tráfico. Lerdão e Luan, e mais um metalúrgico de 26 anos, foram surpreendidos por volta das 15h, nas proximidades da casa de uma tia de Lerdão, na Rua Elmo Sanches.
Na operação foram apreendidos um revólver 22, no forro do banheiro do imóvel, e outro revólver 38, na caixa de descarga. Ao fazer buscas nos demais cômodos da casa foi encontrado um tablete com cinco gramas de maconha prensada sobre um guarda-roupas. Os agentes foram à casa de Luan, no Loteamento Santa Teresinha, e apreenderam R$ 2,6 mil e um caderno com anotações da contabilidade do tráfico.
Assim que perceberam a aproximação dos agentes da P2, Lerdão, com um revólver nas mãos, e Luan tentaram fugir, refugiando-se na casa da tia de Lerdão, mas foram capturados. A moradora ainda chegou a apelar para Lerdão se entregar, mas ele preferiu se trancar no quarto, mandando que ela ficasse calada, pois os “homens” (agentes da P2) estavam à sua procura. Já o metalúrgico foi detido embaixo de uma escada, próximo à casa, mas como nenhuma droga ou arma foi encontrada em seu poder, ele foi liberado na 151ª DP pelo delegado adjunto Juan José dos Santos de Souza, e encaminhado ao Juizado Especial Criminal de Nova Friburgo (Jecrim).
O metalúrgico disse ainda que procurou Lerdão para comprar maconha, já que é viciado há pelo menos dois anos. Durante a abordagem, os agentes do serviço reservado perceberam ainda que Luan descartara uma sacola plástica com 32 munições de pistola 380 e ainda seis munições de revólver 38, que também foi apreendida na operação. Luan revelou aos agentes que veio do bairro Benfica, subúrbio do Rio de Janeiro, para Nova Friburgo, a fim de gerenciar bocas de fumo no Jardim Califórnia e Alto do Floresta, o Morro do Dedé, e que na quarta-feira foi até Lerdão para receber dinheiro da venda de drogas.
Na delegacia, Lerdão e Luan se negaram a prestar depoimentos, alegando que só darão declarações à Justiça. Eles foram autuados por porte de arma e associação para o tráfico e recolhidos ao setor de custódia da Polinter, anexo à 151ª DP, no bairro Vila Amélia.
Repressão ao tráfico também em Cordeiro: dois presos com crack, cocaína, maconha e armas
Mário César da Silva Santos, 42 anos, e Mário César Alves Rodrigues, 33 anos, estão presos na carceragem da Polinter em Nova Friburgo, anexa à 151ª DP, transferidos da 154ª DP (Cordeiro). Eles foram flagrados na última terça-feira, 19, por policiais militares da 3ª Companhia de Policiamento do 11º BPM, em Cordeiro, na casa de Mário da Silva Santos, na Rua 6, Loteamento Alto do Retiro, com 87 pedras de crack, 18 sacolés de cocaína, 130 gramas de maconha e ainda munições intactas de revólver 38, além de R$ 314, provavelmente apurados com a venda de entorpecentes, sacos plásticos para embalagem das drogas, cordões e alianças aparentando serem de ouro.
As prisões e a apreensão de todo o material foram resultados de investigações realizadas pelos policiais lotados em Cordeiro e, de acordo, com denúncias anônimas, os dois abasteciam bocas de fumo no vizinho município.
Loja de celulares furtada em Olaria: entraram pelo telhado
Uma loja de venda e manutenção de celulares na Rua São Roque, no bairro Olaria, foi furtada na madrugada de quinta-feira, 21. O proprietário do estabelecimento, que pediu para não ser identificado, disse que chegou para abrir a loja pouco antes das 9h e se surpreendeu com diversas mercadorias espalhadas pelo chão e prateleiras e mostruários revirados.
Foram furtados dois computadores portáteis cinzas, ambos avaliados em R$ 2,2 mil, R$ 210 da féria do dia anterior e ainda diversos celulares de clientes para conserto. O comerciante informou que o telhado e o forro da loja foram quebrados.
Operação Roubo S.A., da Polícia Federal: presos quatro policiais de Nova Friburgo
Eles são acusados de integrar uma quadrilha que movimenta até R$ 800 mil por semana em atividades fraudulentas
Henrique Amorim
Três policiais militares lotados no 11º BPM e um civil da 151ª DP, todos afastados de suas funções há pouco mais de um ano, desde que foi descoberta pela Polícia Federal a atuação, em Nova Friburgo, de uma quadrilha que fraudava empréstimos bancários, tiveram a prisão decretada na última quinta-feira, 21. No mesmo dia, policiais federais lotados na delegacia de Macaé efetuaram as prisões. Os policiais são acusados de integrar uma quadrilha com ramificações em outros dez municípios fluminenses, entre eles Cordeiro, São Sebastião do Alto, Cabo Frio, Campos, Teresópolis, Guapimirim, Macaé, Niterói, Rio de Janeiro e ainda Além Paraíba-MG.
Os três PMs, que já estavam detidos no batalhão prisional da corporação militar no Rio de Janeiro, foram presos na própria unidade, e o inspetor civil detido em casa, em Nova Friburgo. Ele respondia a processo em liberdade, mas, segundo as investigações, teria voltado a praticar atividades ilícitas. Ao todo, sete pessoas foram presas quinta-feira, num desdobramento da operação Roubo S.A., promovida pela PF.
De acordo com o delegado Sérgio Mori, da delegacia da Polícia Federal em Macaé, a quadrilha deu um prejuízo de R$ 7 milhões em um ano. O grupo, ainda de acordo com a PF, chegava a movimentar até R$ 800 mil por semana com os negócios fraudulentos. “Eles montavam empresas fantasmas em nome de laranjas (terceiros), pegavam empréstimos e depois não pagavam. Dos três PMs, dois foram presos agora por extorsão e um por estelionato”, disse Mori por telefone ontem, 22, à reportagem de A VOZ DA SERRA. As atividades da quadrilha resultou, ainda em 2009, na prisão de 44 pessoas, entre elas 11 PMs e quatro policiais civis da 151ª DP, acusados de participação em roubos de cargas, lavagem de dinheiro, extorsões e até assassinatos no estado.
A delegacia da Polícia Federal em Macaé informou também que a quadrilha teria aberto no estado sete empresas usando documentos falsos em nome de laranjas e, com isso, faziam negócios, inclusive obtendo financiamentos. Em um dos golpes, o bando falsificou documentos para tentar obter um empréstimo de R$ 250 mil na agência do Banco do Brasil, da Praça Dermeval Barbosa Moreira, no Centro de Nova Friburgo.
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