Editorial - Mudar para não perder - 20 de outubro.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O BRASIL tem uma frota de mais de 30 milhões de veículos que não para de crescer. E mesmo diante da crise, o setor colocou nas ruas, somente neste ano, 2.723.840 novos carros, segundo dados da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), e a expectativa é fechar o ano com 3,39 milhões de veículos produzidos. E enquanto os fabricantes buscam formas de acelerar as vendas neste fim de ano, o governo aumenta a pressão pela redução do controle de emissões de poluentes.

MAIS de 65 mil veículos registrados em Nova Friburgo colaboram para a emissão de gás carbônico, que, no nosso caso, tem valor significativo. Vive-se numa área urbana de poucas dimensões, concentrando assim a emissão. Deixar o carro na garagem ainda não faz parte do cotidiano friburguense.

CADA cidadão friburguense libera em média sete toneladas/ano de gás carbônico, de acordo com as estatísticas da ONU. Para compensar a emissão, deveria plantar, cada um, 38 árvores. Por tudo isso, e muito mais, somos responsáveis pelas alterações climáticas do planeta. Buscar uma saída envolve, portanto, toda a comunidade.

A QUESTÃO ambiental no Brasil está permanentemente no foco das atenções dos políticos, empresários e da população, pela diversidade dos nossos problemas que não são comuns de norte a sul do país. Cada região possui sua própria carência de gestão ambiental, mas em comum, todas têm a preocupação com a nossa privilegiada diversidade, que hoje corre perigo de Norte a Sul.

TAMANHO patrimônio natural não deve sobreviver sem a devida atenção das autoridades, pois está em risco a vida de milhões de pessoas, que até agora somente assistiram à degradação e espera a tão sonhada solução. Neste contexto situa-se a Mata Atlântica, da qual Nova Friburgo detém uma parcela substancial em seu território.

A PARTIR da educação ambiental, pode-se colaborar bastante para esta tomada de consciência. Porém, cabe aos governantes a tarefa de liderar esta mudança, oferecendo alternativas que beneficiem a população, ao tempo em que cria mecanismos mais eficientes de proteção ambiental. É uma tarefa que deve ser feita agora, e não pelos próximos governos.

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