Editorial - Futuro sem resposta - 30 de setembro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O ESTATUTO do Idoso completou sete anos de vigência neste mês, e neste período significou um grande passo para a proteção de uma faixa etária que nunca foi amparada pelas autoridades. Longe do clientelismo das práticas dos políticos, o Estatuto garante direitos que ultrapassam os meros favores de conveniência. A população brasileira envelhece progressivamente e as políticas de proteção ao idoso precisam avançar rapidamente.

HOJE, SÃO 7,7 milhões de idosos no Brasil e numa perspectiva de futuro, por volta do ano 2050 serão 34,3 milhões, superando o número de jovens entre 20 a 24 anos e mesmo o de crianças abaixo dos 14 anos. Com o aumento do desemprego, as baixas aposentadorias e as condições de infraestrutura urbana das cidades, o problema ganha dimensão real e não pode ficar fora das metas dos que pretendem governar o país nos próximos 4 anos.

PORÉM, os candidatos, em todos os níveis, infelizmente, não deram ao idoso o espaço político de suas propostas, optando pelo aumento da aposentadoria como a tábua de salvação para amenizar todos os seus sofrimentos. Nesta campanha, pouco assistimos ao que desse um maior alento ao idoso, reafirmando as poucas condições de envelhecimento digno desta parcela da população.

NOVA FRIBURGO não foge à regra nacional e o envelhecimento populacional aponta para a adoção de políticas públicas municipalistas, extraídas das necessidades da nossa comunidade. Não devemos ficar a reboque da legislação, muito menos depender exclusivamente das benesses dos governos estadual e federal. O problema do idoso também é problema do Executivo local e cabe a ele sinalizar com práticas inovadoras e protecionistas.

OS IDOSOS na cidade compreendem uma fatia importante da população, cerca de 7%, e, considerando uma cidade com relativa qualidade de vida, a sua longevidade poderá ser ampliada com os diversos programas de estímulo e integração da terceira idade. O Censo do IBGE deste ano poderá apontar novos números, mas, qualquer que sejam os resultados, os idosos têm lugar garantido nas ações sociais e nas políticas públicas e não devem ser alijados do convívio social.

O FUTURO não será alentador para a terceira idade se não houver uma política constante de valorização e atenção especial por parte do estado. O município possui um Centro de Convivência da Feliz Idade, mas é preciso mais. Um esforço maior deve ser empreendido, ampliando as áreas de saúde e promoção social e também de inclusão do idoso em todos os projetos de cidadania. O que os próximos eleitos farão por eles?

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