Henrique Amorim
Um verdadeiro desfile de jovens talentos da música. Assim foi a segunda edição do Festival Intercolegial de Música (FIM), promovido a cada dois anos pelo Colégio Nossa Senhora das Dores. Na noite do último sábado, 25, no ginásio poliesportivo Santa Paula Frassinetti, da própria escola, aproximadamente 30 adolescentes, todos estudantes de escolas públicas e particulares, de 12 a 18 anos, do ensino fundamental e médio de Nova Friburgo e região, se revelaram como promessas da música apresentando no evento 16 composições próprias e de estilos variados, do pop ao rock, sem deixar de lado grandes declarações de amor e reflexão sobre dramas do dia a dia, na disputa pelo Troféu Egberto Gismonti, destacado compositor, cantor e instrumentista de renome internacional, natural da vizinha Carmo, mas que viveu grande parte de sua infância e juventude em Nova Friburgo. Ele não compareceu ao festival devido à turnê na Argentina.
A banda The Breders, integrada pelos alunos do Colégio Estadual Eduardo Breder, do distrito de Campo do Coelho, venceu a competição com a música Verdades não ditas, de autoria do aluno Gustavo Lima; a segunda colocação ficou com a composição Ingrata Estação, de Gustavo Constantino, do Educandário Miosótis, que faturou também o troféu de melhor intérprete do festival. O terceiro lugar rendeu premiação ao grupo Sigma, integrado pelas estudantes Mariana Bergamo, Renata Costa, Bárbara Ferrari e Sabrinnah Leardini, com a música Pretérito Imperfeito. Os três vencedores do FIM receberam, além dos troféus criados pelo artista plástico Felga de Moraes, premiações em dinheiro.
Os jurados Jozi Lucka, Teleco Ventura, Lanúzia Pimentel, Alfredo José Monteiro da Cunha e Salvador Netto concederam ainda prêmios especiais aos compositores e intérpretes da música Rock da montanha, Henrique e Walter Barros de Matos, que, mesmo com pouca idade, mostraram total interação com a música. A diretora do Colégio Nossa Senhora das Dores e organizadora do festival, Jean Beatriz Wermelinger, acredita que o evento, além de estimular a criatividade, surpreendeu pelo bom nível das 16 músicas selecionadas entre as 26 inscritas.
Egberto Gismonti avaliará músicas
selecionadas e dará dicas aos intérpretes
Famoso e reverenciado internacionalmente graças ao seu talento musical, Egberto Gismonti enviou e-mail à comissão organizadora do festival, solicitando que a direção do Colégio Nossa Senhora das Dores envie a ele, posteriormente, CDs com as canções vencedoras do FIM, para que ele analise as músicas e, inclusive, forneça dicas para aprimoramento das composições e interpretações dos jovens cantores. “É uma chance de ouro para os novos talentos da música revelados neste festival. Esta é a nossa finalidade: estimular os jovens a criar bandas e composições próprias e inéditas, dando início a uma carreira promissora”, observa Jean.
O Festival Intercolegial de Música prestigiou ainda novas bandas locais, que se apresentaram nos intervalos do evento, como a Dez para as Dez, Nartua e Croma, as duas últimas participantes do último festival. Houve ainda participação da banda dos professores do Colégio Nossa Senhora das Dores e interferências teatrais do grupo de teatro Teia, integrado por alunos da própria escola.
Quem mais fez sucesso no festival
Também concorreram no 2º FIM as composições É difícil acreditar, de Francisco Antônio, Tadeu Oliveira e Mason Lee; Ó liberdade, de Ariel Souza; Moleque de rua, de Felipe Lorga; Não te quero, de Luiza Carine; Segure os ponteiros, de Eurico Luiz Bochimpani e Naaman Hechert; Em teus braços, de Adam Amorim; Isolado, de Kelvin Emerich; José, de Igor Puger, Pedro Paulo Costa e Yann Stanízio; Durante a noite, de Rodrigo Canella; Aplicação da alma, de Tomé Lima; Amigos, de Eric Vargens e Juramidam Imperial; e A vida continua, de Rafael Montenegro e Natália Barroso.
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