Populares contam como escolhem candidatos

terça-feira, 21 de setembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Você escolhe seus candidatos com base no horário eleitoral gratuito, nas placas e folhetos de propaganda e nos jingles dos carros de som?

Flávia Namen

No ar desde o dia 17 de agosto, a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão visa a informar os eleitores sobre as propostas dos candidatos a um cargo público. Mas a disputa eleitoral também é marcada pelos jingles de campanha nos carros de som, além das muitas placas espalhadas pelas ruas, avenidas e praças com nomes e números dos candidatos. Sem contar os panfletos que a todo momento são entregues a motoristas e pedestres.

A duas semanas para o pleito, a reportagem de A VOZ DA SERRA fez uma enquete com os eleitores da cidade para saber se a campanha dos candidatos influencia na hora do voto.

“A propaganda política traz muita algazarra e acaba sendo um tipo de lavagem cerebral. Para mim, nada disso tem efeito e escolho meus candidatos com base no que eles já fizeram”.

José Expedito Abrahão, 69, taxista, Cordoeira

“O meu critério de escolha é o passado do candidato e as suas realizações. Não é a propaganda política que vai influenciar o meu modo de pensar e acho que da maneira que está sendo feita este ano, ela acaba prejudicando os candidatos. O barulho dos carros de som está ensurdecedor e atrapalha quem está conversando ou falando ao celular. As ruas também estão horríveis com tantas placas”.

Emilson Iecker Bravo, 51, microempresário, Olaria

“Costumo decidir o meu voto só às vésperas das eleições e acho que a propaganda na televisão até ajuda os eleitores, principalmente os que costumam deixar para a última hora, como eu. Acredito que as placas, folhetos e carros de som não ajudam os candidatos a terem mais votos. Talvez influenciem os eleitores menos conscientes, mas percebo que desagradam a muita gente”.

Priscila Figueiredo Sanches, 28, fisioterapeuta, Olaria

“Acho que a maioria das pessoas já tem seus candidatos e não presta muita atenção na propaganda. Existem também aqueles que ainda trocam o seu voto por alguma vantagem, como cesta básica, material de construção, como vem sendo mostrado em uma campanha na tevê, que incentiva o voto consciente. Eu já escolhi os meus candidatos há mais de seis meses, bem antes do início da campanha eleitoral. Em minha opinião, a propaganda só atrapalha, pela poluição sonora e visual, mas eu até encontrei uma vantagem: estou aproveitando o horário gratuito para assistir a vários canais interessantes, como o Discovery”.

Roberto Ismério, 73, aposentado, Centro

“Acho que a propaganda política ajuda na hora de decidir o voto. É um meio para quem quer conhecer as propostas dos candidatos e o que eles já fizeram. Costumo levar em conta o que é apresentado neste período, para poder escolher corretamente”.

Priscilla Oliveira Rocha, 23, divulgadora, São Geraldo

“Não presto atenção em nada da campanha eleitoral. Já tenho os meus candidatos e não me iludo com os muitos sorrisos, tapinhas nas costas e promessas que são feitas neste período”.

Maria da Penha Silva, 47, dona de casa, Riograndina

“Eu detesto a propaganda política, principalmente os telefonemas de candidatos que perturbam o nosso sossego em casa. Isso não influencia o meu voto, que é decidido através de vários critérios, como o histórico e as realizações do candidato, sua qualificação e a coerência de suas propostas. Acho que as campanhas já melhoraram muito com os avanços na legislação eleitoral, mas ainda temos muita poluição visual e sonora nas ruas. Infelizmente, muitos brasileiros ainda escolhem seus candidatos levando em conta as muitas promessas que são feitas ou, o que é pior, acabam vendendo o seu voto. Os eleitores precisam ter mais consciência e procurar eleger pessoas que transmitem confiança e credibilidade”.

Estevão Hollick, 57, agrônomo e biólogo, Mury

“Para mim, esses excessos das campanhas políticas até prejudicam os candidatos. Não me baseio na propaganda para decidir o meu voto e sim na afinidade que tenho pelo candidato. Acho até que o horário eleitoral na televisão e no rádio não deveria ser obrigatório”.

Suely Figueiredo, 50, manicure, Olaria

“Até escuto a propaganda do horário eleitoral, mas desconsidero as placas nas ruas. Na hora de escolher o candidato, procuro ver de onde ele é. Acho que é mais fácil votar em alguém da nossa região, porque a gente acaba sabendo mais sobre a pessoa e não vê apenas o candidato. Essa é uma forma de não ficar restrito somente ao que é mostrado nas campanhas”.

Bruno Sanglard Emmerick, 29, comerciante, Alto Sans Souci

“A propaganda acaba ajudando a gente a conhecer as ideias dos candidatos e a memorizar os números de cada um. São vários votos que teremos que dar nestas eleições e quanto mais informação na mídia e nas ruas, melhor para nós, eleitores”.

Rita de Cássia Rodrigues, 32, balconista, Conselheiro Paulino

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