Os alunos do primeiro segmento do ensino fundamental (turmas do 2º ao 5ºano – antigas 1ª a 4ª séries) e do curso de formação de professores do Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf) tiveram a oportunidade de conhecer na prática um pouco do vasto folclore brasileiro e viajar em meio à ampla diversidade das culturas regionais do país, durante a Festa do Folclore, que agitou a escola estadual na tarde da última sexta-feira, 10, em alusão ao dia do folclore, comemorado no último dia 22 de agosto. As salas de aula foram transformadas em cenários temáticos, onde os alunos puderam representar os mais variados mitos folclóricos e lendas, atraindo o interesse não só dos colegas de outras turmas, mas também dos professores, diretores, familiares e amigos, que prestigiaram o evento.
Durante a festa houve espaço para gastronomia, com caldo verde, doces e refrigerantes, em meio a apresentações de personagens imaginários do nosso folclore, que encantam e, às vezes, até amedrontam algumas crianças, como boi-bumbá, curupira e saci pererê, representados em teatro e numa mostra de cinema. A festa temática contou ainda com apresentações de danças folclóricas e costumes regionais, como frevo, quadrilha e toda a ginga do forró nordestino, mas foi mesmo a criatividade dos alunos, que se dedicaram às pesquisas das lendas brasileiras, que chamou a atenção.
Uma das salas da escola se transformou num verdadeiro cenário de horror, com direito à cortina preta na entrada e muitos gritos lá dentro, com as representações de figuras para lá de horripilantes. “Cheguei a chorar de medo quando um monstro horrível apareceu na minha frente. O pior é que um colega que estava atrás de mim agarrou minha perna. Quase morri, mas valeu a pena”, disse Dayanne Christianne Santos Crispim, de 13 anos.
Em outra sala, alunos do curso de formação de professores do Ienf atraíram colegas e visitantes com a lenda do mistério da torre da própria escola. Teve até produção de vídeo, com direito a efeitos especiais, gravado pelos próprios alunos. Eles destacaram a lenda do desaparecimento de colegas, que teriam ousado subir a escadaria da torre. “Essa lenda até hoje amedronta algumas crianças que estudam aqui. Acho que inventaram isso há tempos, para evitar que os alunos insistissem em subir na torre e sofressem algum acidente. A mentirinha acabou virando lenda na escola”, divertiam-se alunos do curso de formação de professores, que se revezaram na apresentação do vídeo. O clima de terror na sala escura deu o toque final.
“Valeu a pena ver a integração das crianças, que não apenas se divertiram com a festa, mas interagiram, através de pesquisas para elaboração de cada detalhe. É uma nova forma de aprendizado, com participação”, destacou a diretora do Ienf, Cláudia Catrib.
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