Domingo é dia de ajudar idosos do Laje

quinta-feira, 09 de setembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Laje faz a Festa do Quilo, domingo

Eloir Perdigão

Domingo, 12, é dia de almoçar no Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje – Rua Souza Cardoso, 403, Lagoinha) e curtir um dia muito agradável. Neste dia o Laje promoverá a 21ª Festa do Quilo, um momento de grande confraternização, muita alegria, música ao vivo, barraquinhas com quitutes diversos e a tradicional feijoada. Tudo para custear o abrigo de 80 idosos da instituição.

Para cuidar dos idosos, o Laje tem 52 funcionários, com uma enorme folha de pagamento, já que todos recebem piso de suas respectivas categorias. São 22 técnicos de enfermagem, dois enfermeiros (manhã e noite), fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionista e o pessoal de cozinha, lavanderia, limpeza e manutenção. Toda a diretoria é voluntária.

DESPESAS E AUXÍLIOS - Embora seja uma instituição ligada aos centros espíritas de Nova Friburgo, o Laje se mantém com o auxílio de toda a comunidade, através de doações em dinheiro, bazar permanente e eventos. Com uma despesa na casa de R$ 80 mil mensais, está havendo dificuldade para a diretoria receber os R$ 80 mil anuais de um convênio com a Prefeitura. Nem mesmo os medicamentos de uso contínuo dos idosos ali abrigados têm sido repassados. De acordo com a presidente Clélia Rangel, é preciso que a Fundação Municipal de Saúde faça o repasse dos remédios de uso contínuo e da farmácia básica, o que não está ocorrendo, gerando uma despesa extra ao Laje de R$ 5 a R$ 6 mil mensais.

O que tem mantido a instituição é realmente a comunidade. Além das doações em dinheiro, prestigia o bazar permanente, que funciona na sede, às terças e quintas-feiras, das 13h às 17h. Outra fonte de receita são aluguéis de algumas casas ao redor da sede, embora defasados. Uma dessas casas está sendo reformada para ser a casa de cultura do Laje. Terá a livraria sebo (que deixará a loja alugada na Rua Comandante Ribeiro de Barros, no Centro), até com a intenção de aproximar os usuários dos idosos; locação de livros, contação de histórias, rodas de conversas, trocas de experiências e música ambiente. Se depender da presidente Clélia, até o fim do ano este projeto se torna realidade. Inclui varandas, árvores ao redor, flores e toda estrutura para acesso de cadeirantes. “E estamos precisando de voluntários”, manda o recado aos interessados em colaborar.

A FESTA DO QUILO – Mais uma fonte de renda do Laje são as quatro grandes festas promovidas durante o ano: a Festa do Pastel, em março; o churrasco, em maio; a Festa do Quilo, em agosto; e a yakisoba, em novembro. Podem ocorrer alterações de data, como neste ano, por causa da Copa do Mundo.

A Festa do Quilo é a maior delas. Surgiu em função da Campanha do Quilo, que manteve o Laje desde 1925. Inicialmente era uma oportunidade de confraternização dos que participavam da campanha, doando os alimentos. Com o passar dos anos, tornou-se uma festa aberta a todos. Começa às 11h e prossegue até às 21h. A entrada simbólica é um quilo de alimento não perecível (exceto sal). “É o arraiá do Laje”, salienta Clélia.

Ao meio-dia todos se deliciam com a tradicional feijoada, que será servida até as três horas. Os convites custam R$ 10. Quem permanecer no Laje ou chegar mais tarde encontrará brincadeiras para as crianças, barraquinhas de comestíveis e bebidas e música ao vivo. Apresentam-se na festa Wilson Bizzar, Paulo Spinelli, Wlad e sua Gente, Oswaldinho, Cícero Adriano, Cissa Rego, The Black, Hiata Anderson, Sabor de Samba e Wanderson dos Teclados.

DIGNIDADE PARA OS IDOSOS – Clélia lembra que tudo no Laje é feito com o objetivo de dar mais dignidade aos idosos abrigados, sempre com todo cuidado necessário, o que gera despesas que não param. Além disso, a luta atual da diretoria é a construção da lavanderia. As máquinas a instituição já ganhou de uma ONG de Santos (SP).

Para que a lavanderia possa ser construída, faz-se necessário que a Prefeitura retire a terra de uma queda de barreira num ponto do imóvel. Aí vem a construção de um muro de arrimo e o prédio da lavanderia propriamente dito. Isto é para salientar que, além das despesas do dia a dia e a manutenção, o Laje ainda se vê às voltas com construções, como a da lavanderia. “Por isso precisamos da colaboração de todos”, encerra Clélia.

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