Proprietários de confecções e empregados, os chamados sacoleiros, haviam marcado uma carreata para sábado, 4, saindo da Via Expressa e percorrendo toda a cidade, para protestar contra a insegurança da categoria, devido aos frequentes assaltos que têm sofrido. No entanto, poucos apareceram e a conclusão a que chegaram foi de que a data foi mal escolhida, pois, devido ao feriadão da Independência, muitos viajaram e não puderam engrossar as fileiras do protesto. Os poucos presentes remarcaram a carreata para o próximo dia 17.
Sem querer se identificar, confeccionistas e sacoleiros explicavam que a ideia da carreata surgiu para protestar contra a onda de assaltos à categoria no entorno de Nova Friburgo, como Mury, Theodoro de Oliveira, Bonsucesso (estrada de Teresópolis), Janela das Andorinhas (estrada de Sumidouro), entre outros lugares. Mas há casos também de roubo de mercadorias em veículos em garagens e outros ocorridos nos mais variados lugares, como São Paulo, Santos, São Vicente, Guarujá, Campinas e Rio de Janeiro.
O apelo dos confeccionistas e sacoleiros é no sentido de que as autoridades identifiquem e punam os receptadores das mercadorias roubadas. Afirmam que trabalham legalizados, com nota fiscal, pagam seus impostos e garantem a economia da cidade, mas não têm a contrapartida da segurança. A maioria dos assaltos ocorre principalmente nas noites de segunda-feira e madrugada de terça-feira, quando os sacoleiros saem para fazer as entregas. Eles solicitam que haja mais policiamento nas saídas de Nova Friburgo e maior rigor na investigação, para que as autoridades cheguem aos que estão receptando as mercadorias roubadas.
Uma estratégia que tem sido usada pelo confeccionistas é enviar a mercadoria por transportadoras ou vans, pois os veículos menores estão muito visados. Neste caso, os vendedores recebem as mercadorias para vendê-las nas grandes praças, como São Paulo e Curitiba, deixando de empregar trabalhadores de Nova Friburgo para dar emprego em outras cidades.
A carreata do dia 17 terá novamente concentração na Via Expressa, de onde os confeccionistas e sacoleiros pretendem sair pelas ruas da cidade até a Prefeitura, onde esperam ser recebidos por alguma autoridade municipal, que se comprometa a tomar providências.
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